Cistite
de lua de mel é o nome popular da cistite pós-coito, uma inflamação que acomete
a uretra e a bexiga após uma relação sexual.
Anitta revelou, durante uma conversa com Sabrina Sato, que sofre de cistite de lua de mel, uma inflamação que atinge a uretra (canal de saída da urina) e a bexiga — Foto: Divulgação |
A cantora
Anitta revelou, durante uma conversa com Sabrina Sato, que sofre da chamada
"cistite de lua de mel", uma inflamação que atinge a uretra
(canal de saída da urina) e a bexiga.
“Um
problema péssimo que eu tenho é cistite de lua de mel. Eu não posso transar com
alguém muito avantajado que eu não consigo caminhar no dia seguinte. É
horrível! E não tem nada a ver com bactéria, não, gente, é porque já socou
muito lá e aí inflamou, entendeu?”, disse Anitta em vídeo publicado no canal de
Sabrina Sato.
Apesar da
afirmação de Anitta de que o problema tem relação com o tamanho do pênis do
parceiro, especialistas ouvidos pelo g1 apontam que, na verdade, o
problema está relacionado com posição da uretra da mulher, que por estar muito
próxima do canal vaginal e do ânus, pode favorecer a entrada de bactérias.
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Veja abaixo
as principais perguntas sobre cistite.
1.
O que é cistite de lua de mel?
2.
Como ocorre?
3.
É possível desenvolver cistite de outros modos?
4.
O tamanho do pênis pode influenciar no aparecimento da cistite?
5.
Quais os sintomas da doença?
6.
Por que a cistite aparece mais em mulheres do que em homens?
7.
Quais as recomendações para evitar infecção urinária?
8.
Como é feito o tratamento?
Anitta revelou à Sabrina Sato que sofre de cistite de lua de mel com frequência. — Foto: Arturo Holmes/Getty Images via AFP |
1. O que
é cistite de lua de mel?
Cistite de
lua de mel é o nome popular da cistite pós-coito, uma inflamação
que acomete a uretra e a bexiga, após uma relação sexual.
2. Como
ocorre?
A inflamação
está relacionada à translocação de bactérias do canal vaginal e/ou
intestinal para a uretra durante o ato sexual.
Anatomia da vulva com as glândulas de Skeene — Foto: Arte g1 |
Muitos
micro-organismos vivem e desempenham funções importantes dentro do organismo
humano. Contudo, é preciso respeitar a flora de cada uma dessas bactérias, ou
seja, levar bactérias de uma região para outra pode ocasionar em infecções e
inflamações.
“A
posição anatômica da uretra, que fica muito próxima da entrada da vagina e do
ânus, favorece esse tipo de problema, já que pode ocorrer a entrada de
bactérias do trato vaginal ou intestinal”, explica a ginecologista Fabia Vilarino.
A
translocação de diferentes bactérias está associada ao desenvolvimento da
cistite, mas os casos mais frequentes são de Escherichia coli (ou
E. coli), uma bactéria do trato gastrointestinal.
“Durante uma
penetração vaginal, é possível que algumas bactérias da região perianal ou na
virilha cheguem na uretra ou se proliferem”, explica a ginecologista Mariana
Viza.
3. É
possível desenvolver cistite de outros modos?
Sim. Segundo Viza, algumas pessoas
têm essa bactéria (E.coli) na flora vaginal e ela pode se multiplicar não
só quando ocorre a relação sexual, mas também devido ao estresse,
ansiedade, imunodeficiência, entre outros.
“Eu costumo
brincar que a vagina é muito dedo-duro porque, às vezes, a pessoa está
com algum problema de cunho psicoemocional e o resultado é uma infecção
urinária”, diz Viza.
4. O
tamanho do pênis pode influenciar no aparecimento da cistite?
Não. De acordo com a ginecologista
Mariana Viza, o tamanho do pênis não interfere e não influencia na
ocorrência de infecção de urina - e nem dos orgasmos.
“O que
pode ocorrer é uma laceração no fundo da vagina, mas isso não ocorre por causa
do tamanho do pênis, e sim por causa da intensidade (o atrito) da relação”,
diz Viza.
O atrito, de
acordo com Vilarina, pode causar pequenas fissuras na região, o que favorece a
entrada de bactérias.
“Isso pode
levar a um ardor ou desconforto principalmente durante a micção”, completa a
ginecologista.
5. Quais
os sintomas da doença?
Os
principais sintomas são ardor e desejo repentino de urinar mesmo com a bexiga
vazia. Casos mais graves podem apresentar dor abdominal e febre.
6. Por
que a cistite aparece mais em mulheres do que em homens?
A uretra
nas mulheres é muito mais curta do que nos homens, e isso favorece que as bactérias
tenham acesso a ela mais facilmente. Nas mulheres, a uretra mede cerca de 5
centímetros, enquanto nos homens o comprimento é de aproximadamente 12
centímetros.
Além disso,
ela está muito próxima do clitóris e da entrada da vagina.
7. Quais
as recomendações para evitar infecção urinária?
A principal
recomendação é não ter penetração vaginal após a relação anal.
“A gente
orienta que, se você teve uma relação anal, não deve ter relação vaginal
logo em seguida porque há uma quantidade muito grande de E.coli na região
do canal anal. Por isso, essa troca não é recomendada”, explica Viza.
Segundo
ela, a regra vale para o estímulo com o pênis, vibrador ou mesmo a mão.
Além
disso, as especialistas recomendam sempre esvaziar a bexiga (fazer xixi) após o
ato sexual para minimizar as chances de infecção urinária.
8. Como é
feito o tratamento?
Após os
primeiros sinais de inflamação, a paciente deve procurar um médico para avaliar
o quadro clínico.
O
tratamento, geralmente, é feito com antibióticos.