Fantástico refaz trajetória de voo de Marília Mendonça e conversa com testemunhas de acidente

Funcionários do local onde aeronave caiu dizem que ela estava voando baixo e caiu rodopiando, depois de bater num cabo da linha de transmissão de energia. Pilotos experientes avaliam as circunstâncias da tragédia e ajudam a entender o que pode ter acontecido.

 

Nesta sexta-feira (5), um acidente de avião matou Marília Mendonça e mais quatro pessoas, em Piedade de Caratinga, interior de Minas Gerais. Testemunhas dizem que o avião caiu rodopiando, depois de bater num cabo da linha de transmissão de energia, e o Fantástico foi até o local onde ocorreu a tragédia para mostrar em detalhes de como tudo aconteceu.

Funcionários da propriedade onde o avião caiu foram as primeiras testemunhas do acidente. Um deles contou que foi o patrão que ligou para o Corpo de Bombeiros e alertou sobre a queda da aeronave na cachoeira. Antes da chegada das equipes de resgate, moradores da região se aproximaram.

"Foi uma zoeira muito forte, né? Eu sabia que tinha um avião passando. Como estamos acostumados aos aviões passar aqui, só pensei: nossa, tá muito baixo, né? Esse avião está voando muito baixo. Eu olhei para cima, aí ele já veio rodando, girando, rodando e pum, caiu", relembra a doméstica Dila Santos.

O caseiro José Antonio da Silva fez o mesmo relato de Dila: "Eu estava no terreiro da minha casa, descarregando o carro, quando ouvi um barulho. Aí eu olhei para cima e vi um avião vindo daquela rede lá, daquela torre lá. Ele veio girando e depois ele embicou para cá, para baixo já girando, tipo um jacaré quando pega uma presa".

O soldado Rafael Libardi foi o primeiro bombeiro a entrar no avião e falou sobre os procedimentos adotados. O primeiro deles foi amarrar o avião ao tronco de uma árvore, para garantir a segurança.

"Me aproximei do avião, a porta do avião já estava aberta. Eu chamava, tentava verbalizar, tentava buscar uma resposta de alguém. Aí que eu fui me dar conta que realmente era Marília Mendonça", relembra.

O médico do Samu, Kleyton Ferreira de Carvalho, foi quem constatou a morte dos ocupantes: "A aeronave estava bastante quebrada, tinha bastante destroços na aeronave, a bagagem estava sobre as vítimas. E, prontamente, eu fui em cada um para verificar se tinha sinais vitais, se estariam vivos, né? Eu reconheci que já estavam em óbitos, e aí depois que eu verifiquei todos os sinais vitais, e saí da aeronave".

Nossa equipe também conversou com pilotos experientes, que avaliaram as circunstâncias da tragédia, e ajudaram a entender o que pode ter acontecido. No local do acidente, um detalhe chamou atenção: a fuselagem da aeronave estava relativamente preservada.

Fantástico também refez a manobra de aproximação do aeroporto, seguindo a mesma trajetória escolhida pela tripulação do voo.

Em Caratinga, os destroços do avião já foram retirados do local do acidente e devem ser levados ao Rio de Janeiro nesta segunda (8).

Neste domingo (7), um dia após o enterro de Marília Mendonça e seu tio, os corpos do piloto e do copiloto, que também morreram na queda, foram sepultados em Brasília.

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