Politraumatismo
contuso é a principal hipótese levantada por necropsia; ainda não se sabe
quando ocorreram as lesões
Marília
Mendonça, sua equipe e a tripulação do avião que caiu com a cantora podem ter
morrido em razão de politraumatismo contuso.
A informação
foi revelada, neste sábado (6), à Record TV pelo médico-legista Pedro Coelho,
responsável pela necropsia na cidade de Caratinga, a 311 km de Belo Horizonte.
"Trata-se
de lesões contusas em diversos órgãos vitais. A gente ainda não consegue
determinar qual veio primeiro, mas são diversas lesões possivelmente
letais", explicou o especialista, que trabalhou na liberação dos corpos no
IML (Instituto Médico-Legal).
Segundo o
médico, material biológico colhido das vítimas foi encaminhado para o IML de
Belo Horizonte, que vai ficar responsável pela conclusão das análises laboratoriais,
toxicológicas e de anatomia. A data de liberação do laudo não foi confirmada,
mas o legista disse que deve ser "em breve".
"Faltam
apenas as análises do material biológico para tentar acrescentar alguma coisa
ou anular qualquer outra situação que possa ter contribuído para as causas das
mortes", concluiu Pedro Coelho. Segundo a Polícia Civil, quando as equipes
de resgate chegaram ao local do acidente, todas as vítimas já estavam sem vida.
Os corpos
das cinco vítimas já foram liberados. Marília Mendonça e o assessor e tio
Abicieli Silveira Dias Filho serão sepultados ainda neste sábado, em Goiânia,
capital de Goiás. O produtor Henrique Ribeiro vai ser levado para Salvador, na
Bahia. Já o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa
Viana serão velados em Brasília, no Distrito Federal.
As causas do
acidente ainda são investigadas. Uma equipe do Cenipa (Centro de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da FAB (Força Aeréa Brasileira), foi para
Piedade do Caratinga, a 243 km de Belo Horizonte, onde ocorreu a queda, para
investigar o caso. A Polícia Civil também abriu um inquérito.
Já se sabe
que a aeronave atingiu um fio de alta-tensão da Cemig (Companhia Energética de
Minas Gerais) antes de cair.