A nova
linhagem foi notificada pela primeira vez pela África do Sul em 24 de novembro
Batizada de
ômicron (B.1.1.529), a nova variante do coronavírus identificada tornou-se uma
preocupação global. O epicentro da mutação ocorreu na província sul-africana de
Gauteng, onde 77 casos foram confirmados. No entanto, a linhagem já se encontra
em pelo menos outros nove países e território.
ATÉ O
MOMENTO, FORAM CONFIRMADOS CASOS NA:
1.
África
do Sul (Província de Gauteng): 77 casos;
2.
Alemanha:
2 casos na região da Baviera; 1 caso com "alta probabilidade" em
Hesse;
3.
Austrália:
2 casos em Sidney;
4.
Bélgica:
1 caso (viajante que voltou do Egito, em 11 de novembro);
5.
Botsuana:
4 casos (estrangeiros que foram ao país missão diplomática e já deixaram o
país)
6.
Hong
Kong: 1 caso (pessoa que viajou à África do Sul);
7.
Israel:
1 caso (pessoa que viajou ao Malaui). outros 7 casos são investigados;
8.
Itália:
1 caso confirmado (homem que chegou de Moçambique);
9.
Reino
Unido: 2 casos confirmados, em Chelmsford e Nottingham;
10.República Tcheca: 1 caso confirmado
em Liberec
Contudo,
especialistas alertam que nova mutação deve ser motivo para preocupação, mas o
momento não é de pânico. Cientistas ainda buscam repostas sobre mortalidade,
sintomas, gravidade da doença e eficácia das vacinas contra essa
variante.
Além disso,
reacendeu o debate sobre a necessidade de vigilância genômica (monitoramento
dos vírus em circulação e identificação as variantes) para o combate à
pandemia.
PRESSÃO
SOBRE A ÁFRICA
A nova
mutação foi notificada pela primeira vez pela África do Sul em 24 de novembro.
Desde sexta-feira (26), cada vez mais países suspendem as viagens com a África
do Sul, Zimbábue, Namíbia, Lesoto, Essuatini (ou Suazilândia), Moçambique e, em
alguns casos, Malawi.
Neste sábado
(27), o governo sul-africano se disse "castigado" por ter detectado a
nova variante e lamentou que sua excelência científica por tê-la descoberto
acabe penalizando o país.
Por sua vez,
o presidente americano Joe Biden destacou que a emergência dessa nova variante
mostra que ela "não acabará sem vacinações a nível mundial" e pediu
doações de mais vacinas para os países pobres.
O
coronavírus deixa mais de 5,18 milhões de mortos em todo o mundo desde sua
aparição na China no final de 2019, embora a OMS estime que os números reais
possam ser muito maiores.
MUNDO
FECHA AS PORTAS
Os Estados
Unidos proibiram a entrada em seu território de viajantes procedentes do sul da
África, exceto os que são americanos ou residentes permanentes no país. Canadá,
Brasil e vários países árabes, como a Arábia Saudita, também adotaram
restrições.
Na Ásia, o
Japão vai endurecer suas limitações de entrada, com 10 dias de isolamento para
todos que chegarem dessa região. A Tailândia anunciou uma proibição de entrada
a partir de dezembro e a Coreia do Sul aplicará restrições de vistos e uma
quarentena a partir de domingo para os passageiros procedentes de oito países,
entre eles a África do Sul.
A União
Europeia recomendou suspender as viagens procedentes da África do Sul e de
outros seis países da região. Vários países europeus, como o Reino Unido,
França, Itália e Suíça proibiram os voos desses países africanos, medida que
será aplicada a partir de domingo na Rússia e de terça-feira na Espanha.
.........
AUMENTO
DE CASOS NA EUROPA
A emergência
da Ômicron coincide com um aumento de casos de covid-19 na Europa, que obrigou
as autoridades de diferentes países a reforçarem as medidas sanitárias.
Os temores
relacionados à nova variante fizeram que as bolsas e os preços do petróleo
despencassem, um mercado que na sexta-feira viveu seu pior dia em 17 meses.
Na
sexta-feira, a OMS disse que poderia levar várias semanas para determinar se a
nova variante provoca mudanças na transmissibilidade ou gravidade da covid-19,
assim como na eficácia das vacinas.
Os laboratórios Pfizer/BioNTech informaram que estão estudando urgentemente a eficácia de sua vacina contra a nova variante
VACINAS
SERÃO TESTADAS
Os
laboratórios Pfizer/BioNTech informaram que estão estudando urgentemente a
eficácia de sua vacina contra essa nova variante e que teriam dados "em
duas semanas no mais tardar".
Neste
sábado, o cientista britânico que liderou as pesquisas sobre a vacina
Oxford/AstraZeneca contra o coronavírus, Andrew Pollard, afirmou que é possível
criar uma nova contra a variante Ômicron "muito rápido".
O professor
considerou que é "altamente improvável" que esta nova variante se
propague com força entre a população já vacinada.
Cerca de 54%
da população mundial recebeu ao menos uma dose da vacina anticovid, mas nos
países de baixa renda essa proporção é de apenas 5,6%, segundo o portal Our
World in Data.