Aeronave
não chegou a decolar, e passageiros precisaram sair pela saída de emergência.
Alguns se machucaram ou tiveram dificuldade de descer por causa do vento da
turbina.
Montagem mostra imagem no interior de avião, passageira com joelho machucado e avião após pouso — Foto: reprodução e divulgação
Passageiros
ficaram feridos após uma pane em um avião da Azul que sairia do Aeroporto
Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, com destino
a Guarulhos, em São Paulo, na madrugada desta quinta-feira (25).
A aeronave,
um modelo Airbus 320, não chegou a decolar, mas se movimentava no solo quando
parou de repente. O escorregador inflável de emergência precisou ser acionado
para que os passageiros pudesse descer. Algumas pessoas se feriram na hora de
sair pelo escorregador (leia mais abaixo).
A passageira
Juliana Amorim contou que algumas pessoas tiveram dificuldade na hora de sair
da aeronave pelo escorregador porque a turbina estava ligada e o vento era
muito forte.
"As
comissárias começaram a falar que ia explodir o avião, que era para evacuar o
avião e foi aquele desespero. Ninguém conseguia abrir porta. Eu não sei quantas
pessoas já tinham saído na minha frente, mas consegui sair, graças a Deus, sem
nenhum ferimento. Saí pela pelo escorregador (inflável).
"A
gente via que tinha muita gente machucada, porque quando descia no
escorregador, a turbina estava ligada, então ventava e derrubava as
pessoas", relata.
Ela também
explicou que havia mais dificuldade para descerem pelo escorregador de trás.
"Não
sei se é por causa da turbina ou porque não abriu tudo, ele não encostava no
chão. Então tiveram pessoas que caíram lá de cima. Uma pessoa quebrou a perna
ao cair", afirma.
Azul
informou prestar apoio a passageiros
A Azul
Linhas Aéreas confirmou por meio de nota que a aeronave que realizaria o voo
Cuiabá-Guarulhos teve sua decolagem abortada após a identificação de uma pane
na aeronave, tendo o comandante do voo realizado o procedimento padrão previsto
para esse tipo de situação.
"Os
clientes evacuaram a aeronave por meio das saídas de emergência do avião. A
Azul destaca que está prestando todo o apoio necessário aos clientes, lamenta o
ocorrido e reforça que ações como essa são necessárias para garantir a
segurança de suas operações", diz a nota.
O voo 2751
sairia de Cuiabá as 2h (horário local) e chegaria em São Paulo às 5h05. No site
do Aeroporto Marechal Rondon o voo aparece como cancelado.
Passageiros precisam descer pelo escorregador da saída de emergência — Foto: Divulgação
Dificuldade
para sair de aeronave
O passageiro
Wenderson Campos conta que houve uma freada brusca e, em seguida, uma
comissária de bordo gritou para que todos deixassem a aeronave pela saída de
emergência.
“A
comissária apareceu gritando, mandando todo mundo sair pela saída de
emergência. O pessoal começou a empurrar e eu estava com uma criança. Todo
mundo desceu pelo escorregador, atrás da turbina. Eu deixei meu bebê e voltei
para pegar minha esposa e ela caiu e se machucou. Uma outra mulher quebrou o pé
e uma grávida passou muito mal. Tinha apenas uma ambulância”, disse.
Natalya do Nascimento Campos ficou ferida. — Foto: Arquivo pessoal
A mulher
dele, Natalya do Nascimento Campos, falou que o socorro demorou a chegar.
“O
atendimento do Samu e do Corpo de Bombeiros demorou muito. O pessoal não sabia
o que tinha acontecido e não sabia passar para nós o que estava acontecendo. Os
funcionários da Azul tentaram ajudar, separar quem estava mais machucado, mas
até o momento ninguém ligou para passar nada para nós”, disse ela.
A naturóloga
Andréia Gregoli afirma que o cheiro de fumaça e de combustível estava forte
dentro do avião.
"Na
hora que abriu a porta ficou mais intenso ainda. Quando descemos pelo
escorregador, a turbina estava muito forte. Muitas pessoas caíram por causa
disso", relata.