Professor de escola estadual é acusado de obrigar 37 alunos a se beijarem em troca de pontos

Docente teve afastamento imediato pela Secretaria de Educação

 


Um professor do Colégio Estadual Heitor Villa Lobos, no Cabula VI, está sendo acusado de obrigar 37 alunos do 6º ano a se beijarem para ganhar pontos extras. O caso está sob investigação na Delegacia Especializada de Repressão a Crime Contra Criança e Adolescente (Dercca) e no Ministério Público da Bahia (MP).

De acordo com a mãe de um dos estudantes do 9º ano, após as denúncias, o filho contou a ela que a ação já era rotineira por parte do educador, principalmente nas turmas de 6º ano. "Ele já tinha feito isso com outras pessoas, mas na sala de meu filho, por sorte, não fez", relatou.

À reportagem um aluno do 9º ano, que não quis se identificar, contou que o docente lecionava a disciplina de Artes, mas que nunca havia sido aluno do professor. "Sei que ele era querido pelo pessoal aqui, todo mundo gostava dele e por isso ficamos surpresos quando falaram que ele tinha feito isso", disse. 

"Diz uma aluna dele que isso já tinha acontecido em 2019, mas ninguém ficou sabendo, não foi algo que os outros alunos ou qualquer pessoa da diretoria tenha descoberto, então, não sei até onde é verdade", acrescentou.

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O professor foi afastado após a direção do colégio ter tomado conhecimento da denúncia. Através de nota, a Secretaria da Educação do Estado (SEC) informou que decidiu por afastar imediatamente o professor acusado e instaurou o processo administrativo para apurar o caso.

Um ambulante que trabalha diariamente em frente ao colégio contou que ficou sabendo da situação por algumas mães. "Isso foi no dia 11 de novembro, já tem um tempo. Pelo que elas disseram, foi isso mesmo. Ele mandou as crianças se beijarem. Quando os pais descobriram, foram cobrar a diretoria. Não teve confusão nem nada, chegaram aí e disseram que ele ia ser afastado. Nesses casos, costuma ter confusão, mas não foi assim. Eu daqui mesmo não ouvi nada, parece que eles resolveram rápido", explicou.

Após o Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca) tomar conhecimento do fato, o Ministério Público encaminhou o caso para adoção das providências cabíveis no âmbito das Promotorias de Justiça da Infância, Criminal e da Educação.

O CORREIO esteve no colégio e tentou falar com funcionários da escola, mas eles não quiseram comentar o caso.

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