Segundo testemunhas, ele estava com mulher no colo. Os dois foram autuados por homicídio culposo de trânsito, segundo a Polícia Civil, que disse não ter informação sobre.
A câmera de
segurança de um imóvel registrou o momento em que um carro sobe em uma calçada
e atinge pessoas de uma mesma família que conversavam em frente ao imóvel de
número 689 da Rua Bom Pastor, no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife
(veja vídeo abaixo).
Na calçada,
estava o sargento da reserva da Polícia Militar João Batista Ferreira, de 56
anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu. A esposa dele e três sobrinhos
também foram atropelados e ficaram feridos.
O veículo
que atingiu o sargento aposentado e a família era conduzido por policial
militar, segundo a corporação. A dona de casa Thatiane Araújo, uma das feridas
no acidente, disse que o motorista com uma mulher no colo e os dois
apresentavam sinais de embriaguez. O g1 questionou à Polícia Civil sobre esse
relato, que respondeu não ter informação sobre no momento.
O motorista
e a mulher foram autuados em flagrante por homicídio culposo de trânsito,
quando não há intenção de matar, e acidente de trânsito com vítima não fatal.
Os nomes deles não foram divulgados.
Imagens feitas logo após o acidente mostram uma garrafa de cerveja, remédios e uma sandália no chão do veículo, segundo família — Foto: Reprodução/WhatsApp |
As imagens
registradas pela câmera de segurança mostram Tathiana sentada, conversando com
os parentes, quando o carro a atinge. "O carro foi 'me atirando' para cima
da esposa do meu tio e imprensando ele na parede. Machuquei a perna, o pé, as
costas, está tudo dolorido", contou.
Imagens feitas pela família logo após o acidente mostram uma garrafa de cerveja, remédios e uma sandália no chão do veículo. Thatiane prestou depoimento na Central de Plantões neste sábado (13). "Ele [policial] estava dirigindo com uma mulher no colo, estava com bebida dentro do carro, com cheiro de bebida e sinais de embriaguez, tanto ele quanto ela", disse.
Segundo
Thatiane, após o atropelamento, o policial tentou fugir e ameaçou as pessoas
com uma arma, mas foi contido e agredido pela população. "A população foi
para cima, desarmou ele, quebrou a chave do carro dele e começou a bater",
disse.
O g1
questionou à Polícia Civil se foi realizado teste para verificar ingestão de
álcool, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
Após o
acidente, uma equipe da Polícia Militar chegou ao local e levou o policial para
um hospital particular, antes de ser levado para a Central de Plantões da
Capital (Ceplanc).
"O
autor [do atropelamento], que foi agredido por populares, e a mulher que o
acompanhava passaram mal, foram levados a uma unidade de saúde e conduzidos à
Central de Plantões", informou a Civil, acrescentando que as investigações
continuam até o "esclarecimento dos fatos".
Em nota, a
Polícia Militar informou que vai instaurar um procedimento interno para apurar
as circunstâncias do fato.