'Estou
aflita, sem forças, com medo', disse Franciane
Uma
estudante universitária e influencer foi dopada e estuprada no rodeio de
Jaguariúna (SP), realizado nos dias 26 e 27 de novembro. Franciane Andrade, de
23 anos, só descobriu o crime após realizar exames por estar sentindo dores na
região íntima.
Nas redes
sociais, ela contou seu relato do caso. "Não sabia que tinha sido
violentada, comecei a sentir dor ontem à noite, e hoje vim ao médico",
disse na última segunda-feira (29).
"Acabei
de correr atrás de B.O., fui no IML [Instituto Médio Legal] em Mogi Guaçu
[cidade em que ela reside], fiz um exame, a polícia constatou que houve estupro
e não sabe me dizer se foi um, dois ou três [homens]", relatou.
O caso foi
registrado na Delegacia da Mulher de Mogi Guaçu. O crime investigado é o de
estupro de vulnerável, quando a vítima não tem condições de apresentar
resistência.
Ainda no
relato, Franciane conta que usou o Instagram como um meio de pedir ajuda para
que seus seguidores mobilizassem as redes sociais e fizessem com quem a
organização do evento em Jaguariúna contribuísse para as investigações. Pela
rede social, deu detalhes do que estava vivendo.
"Estou
aqui na Santa Casa de Mogi Guaçu para tomar o coquetel [contra infecções
sexualmente transmissíveis], porque posso pegar uma doença ou engravidar do
estuprador", disse, aos prantos.
Após a
grande repercussão do caso, ela retornou ao Instagram na madrugada desta
quarta-feira (1º) para detalhar o que tinha vivido desde a descoberta da
violência.
"Estou
em choque. Tomei o coquetel em choque, soube hoje da violência, acabei de sair
do médico, meus pais estão muito nervosos. Eles ficaram comigo até agora no
hospital. Passei por legista, por ginecologista. Realmente foi relatado [o
estupro].
A jovem
também compartilhou diversas mensagens de apoio que recebeu e, por fim, falou
sobre a tudo o que está passando. "Amanhã será mais um dia de exames, de
delegacia e de esclarecimentos. A palavra não basta, é preciso mostrar, provar,
estou muito cansada. Estou aflita, sem forças, com medo. Não quero ficar
marcada por isso, não quero ouvir minha mãe chorando e perguntando: 'Por quê?'
Tudo isso é um pesadelo."