Redução dos
preços dos combustíveis é aguardada devido ao recuo do petróleo no mercado
internacional
O presidente
Jair Bolsonaro (PL) afirmou na manhã deste domingo (5) que a Petrobras deve
anunciar o início de uma redução dos preços dos combustíveis a partir desta
semana. Em um evento em um clube de Brasília, que não estava previsto em sua
agenda pública de compromissos, Bolsonaro não deu nenhum detalhe sobre quanto
seria essa redução e a partir de quando ela passaria a valer.
“A Petrobras
deve começar a anunciar, já nesta semana, a redução no preço dos combustíveis”,
disse o presidente, que voltou a afirmar que a alta dos preços é culpa do ICMS
e de governadores. Bolsonaro respondeu a perguntas feitas pelo site Poder360, e
a entrevista foi captada pelo cinegrafista da Record TV.
Uma redução
dos preços dos combustíveis já era aguardada devido ao recuo do petróleo no
mercado internacional. Levantamento feito semanalmente pela ANP (Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) verificou estabilidade nas
bombas dos postos de abastecimento na semana de 28 de novembro a 4 de dezembro,
com registro inclusive de ligeiros recuos. Nas últimas duas semanas, o petróleo
do tipo Brent recuou cerca de US$ 10 e fechou cotado abaixo dos US$ 70 o barril
na sexta-feira (3).
Talvez goste também;
A Política
de Paridade Internacional adotada desde 2016 pela Petrobras é a principal
responsável pela flutuação entre os preços dos combustíveis, uma vez que a
política tem como base a paridade com o mercado internacional de petróleo,
incluindo custos de fretes, transporte e taxas portuárias e o acréscimo de uma
margem para remunerar os custos da operação – como a volatilidade da taxa de
câmbio.
No fim de
novembro, o governo federal anunciou que, para evitar um aumento médio de R$
0,12 por litro da gasolina, o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética)
decidiu recomendar a redução da mistura obrigatória de biodiesel no diesel em
2022. O planejado era ter uma mistura de 14% a partir de 1º de março, mas o percentual
mínimo deverá permanecer em 10%. O órgão é presidido pelo ministro de Minas e
Energia, Bento Albuquerque, e assessora a Presidência da República na
elaboração de políticas públicas para o setor.