Por exemplo, de acordo com os especialistas, sintomas como perda de paladar ou de olfato ainda não foram associados à estirpe
Médicos sul-africanos afirmam que a
variante Ômicron - B.1.1.529 - do coronavírus SARS-CoV-2, por trás da Covid-19,
provoca sintomas considerados leves e um pouco diferentes dos sinais comuns
associados à doença.
"Assistimos
a um aumento acentuado de casos nos últimos 10 dias. Até agora, foram, na
maioria, muito leves, com pacientes com sintomas semelhantes aos da gripe, como
tosse seca persistente, febre, suores noturnos, dores no corpo", contou em
entrevista à NBC Chicago o médico Unben Pillay, clínico geral na província de
Gauteng, na África do Sul, local onde mais de 80% dos casos da Ômicron foram
até ao momento reportados.
Por exemplo,
de acordo com os especialistas, sintomas como perda de paladar ou de olfato
ainda não foram associados à estirpe. Contudo, vale ressaltar que ainda não há
um consenso na comunidade científica.
Angelique
Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul e uma das primeiras a
relatar casos da nova variante Ômicron, relata igualmente a incidência de
sintomas "extremamente leves". Segundo a médica, os pacientes que
atendeu não tinham, exatamente, dor de garganta, porém sentiam a "garganta
arranhada" e fadiga acentuada.
Os
sintomas a ter em atenção
Eis, os
sintomas que já foram associados à estirpe Ômicron:
. Tosse seca
. Febre
. Dores musculares
. Cansaço
. Suores noturnos
. Garganta irritada
. Pulsação cardíaca elevada
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Sendo que
experienciar alguns destes sintomas não confirma um quadro de infecção pela
nova variante -, aliás estes podem ser facilmente confundidos com uma gripe
comum. Consequentemente, o diagnóstico só poderá ser obtido através da
realização de uma análise de sequenciamento genômico.
Dúvidas
Segundo a
NBC, há que ter em conta que a maioria dos novos casos da variante Ômicron na
África do Sul foram relatados em pessoas entre os 20 e 30 anos. E já é sabido
que nesta faixa etária, os indivíduos tendem a ter quadros mais leves da
Covid-19, seja qual for a estirpe em ação.
Adicionalmente,
pessoas que sofrem de outras comorbidades ou mais idosas tendem a ser mais
afetadas pela doença e até ao momento, a comunidade médica não têm uma ideia
precisa de como a Ômicron pode afetar estes grupos.
Eric
Feigl-Ding, epidemiologista e economista de saúde, refere que "ainda não
sabemos o suficiente sobre a gravidade [da nova variante da Covid-19]. E a
'observação clínica' é apenas anedótica — não sistemática —, é
anti-epidemiologia e não é baseada em evidências. Vamos esperar pelos dados
acerca da gravidade".