Anúncio
foi feito neste domingo (26). Em pronunciamento nas redes sociais, prefeitura
disse que cenário pode se tornar muito perigoso, e por isso, pediu para que as
pessoas evitem lugares de risco.
O dono de
balsa morreu após se afogar no Rio de Contas, em trecho da cidade de Aurelino
Leal, no sul da Bahia. A morte da vítima, que não teve a identidade revelada, é
considerada a 18ª em decorrência das fortes chuvas que atingiram o estado.
A informação
foi confirmada pelo comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia,
Adson Marquesini neste domingo (26).
Também na
manhã deste domingo, a prefeitura de Jussiape, na região da Chapada Diamantina,
anunciou que uma barragem da região se rompeu e que uma forte enxurrada deve
atingir áreas do município, e pediu que moradores busquem lugares mais seguros.
Em
pronunciamento nas redes sociais, a prefeitura disse que o cenário pode se
tornar muito perigoso, e por isso, pediu para que as pessoas evitem lugares de
risco.
O órgão
municipal também informou que o ginásio da Escola Municipal José Mancos Freire
foi disponibilizado para famílias desabrigadas.
Barragem
em Conquista
Na noite do
sábado (25), a prefeitura de Itambé, no sudoeste da Bahia, anunciou que uma
barragem da região também se rompeu e que uma forte enxurrada deveria atingir
áreas do município.
A prefeitura
de Iguá já estava em alerta pois o rio transbordou na madrugada deste sábado e
havia alagado casas. Ao menos 10 casas desabaram, mas não há registro de
feridos ou desaparecidos.
Antes do
anúncio do rompimento da barragem, alguns bairros de Itambé já tinham registado
alagamentos, como o Agenor Novaes, Centro e Sidney Pereira de Almeida. Segundo
moradores, foi a maior chuva em 20 anos.
Centenas de
famílias estão desabrigadas e desalojadas. A Defesa Civil e prefeitura estão
nas ruas fazendo levantamento dos estragos e dando assistência para as famílias
desabrigadas. As pessoas estão sendo encaminhadas para colégio do município.
Quase 4
mil desabrigados no estado
As chuvas
que atingem a Bahia desde novembro colocaram 66 cidades em situação de
emergência e causaram a morte de 17 pessoas, segundo a Defesa Civil do estado.
Ao menos 3,8 mil pessoas ficaram desabrigadas e 10.955 ficaram desalojadas
(tiveram que abandonar seus imóveis, mas não necessitaram de abrigo).
Na noite de
sábado, moradores de dois bairros de Salvador, Castelo Branco e Sete de Abril,
foram orientados a deixar as suas casas por conta do risco de desabamento de
imóveis e deslizamentos de terra.
As sirenes
de alerta depois que o volume de chuva ultrapassou 150 milímetros em 72 horas
(veja no vídeo abaixo). "Tivemos o novembro mais chuvoso dos últimos dez
anos e dezembro vai superar todas as expectativas", diz Sósthenes Macedo,
coordenador da Defesa Civil de Salvador.
As regiões
sul e sudoeste do estado são as mais afetadas pelas chuvas. Em Itororó, o
número de desabrigados chegou a 200 neste sábado; em Guaratinga, os temporais
deixaram 600 pessoas desabrigadas e causaram o desabamento de 58 casas. Além
disso, 25 pontes ficaram danificadas, deixando comunidades em isolamento.
"É uma
situação de risco, porque agora são mais locais atingidos. Antes, era uma coisa
mais concentrada em quatro cidades e agora, está se espalhando. Então, desa vez
é pior", diz o governador Rui Costa (PT).
Segundo ele,
as autoridades ainda estão levantando os estragos, mas já é possível afirmar
que há grande número de desalojados em pelo menos 20 cidades. A estimativa dele
é de que cada cidade tenha, ao menos 300 pessoas fora de suas casas. "São
milhares de pessoas que tiveram de sair de suas casas, porque a água subiu um
metro, dois metros, em alguns lugares, até três metros".
Segundo
Costa, o governo federal e 5 estados informaram que enviarão apoio à Bahia:
Espírito Santo, Minas Gerais, Maranhão, Paraíba e São Paulo.