A dor na
coluna é muito comum e geralmente melhora em algumas semanas ou meses. Este
tipo de dor pode estar associada a diferentes causas como má postura, esforços
repetitivos e também problemas mais sérios como hérnia de disco, fraturas ou
tumores. O tipo de dor nas costas também varia de acordo com a região afetada.
O tratamento
da dor na coluna depende do tipo e da localização da dor e pode ser feito com
medicamentos anti-inflamatórios ou relaxantes musculares, fisioterapia ou
hidroterapia e, nos casos mais graves, cirurgia. Nas situações mais leves,
muitas vezes mudanças nos hábitos de vida como atividades físicas leves,
relaxamento e perda de peso podem aliviar os sintomas.
A dor na
coluna nunca deve ser ignorada e somente o médico ortopedista pode fazer o
diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado. É importante não fazer nenhum
exercício físico sem antes consultar um médico.
1.
Desequilíbrio pélvico
A pelve é a
estrutura que liga o tronco aos membros inferiores, sendo muito importante para
o equilíbrio postural. Qualquer desequilíbrio na pelve como fraqueza muscular e
diferença de tamanho dos membros inferiores, pode gerar instabilidade da
musculatura e ocasionar má postura levando à lesão na coluna, dor nas costas ou
hérnia de disco.
As causas
mais comuns para o desequilíbrio pélvico são encurtamento da musculatura da
pelve, sobrepeso e obesidade e, também, a gravidez.
O que
fazer: no caso
do desequilíbrio pélvico, o melhor tratamento é a prevenção através do
fortalecimento dos músculos da pelve. Assim, são recomendados alongamentos e
pilates, ou até palmilhas. No caso de dor aguda, a fisioterapia ou a
hidroterapia são recomendados para fortalecimento dos músculos e redução da
dor, além de também poder ser recomendado o uso de analgésicos e
anti-inflamatórios.
2.
Sedentarismo e tabagismo
Alguns
hábitos menos saudáveis, como o sedentarismo e o tabagismo, também são causas
comuns de dor na coluna. O sedentarismo, por exemplo, aumenta o risco de
desenvolvimento de dor na coluna devido ao enfraquecimento da musculatura
abdominal, pélvica e das costas e, geralmente, está associada à dor lombar.
Já o
tabagismo contribui para o desgaste dos discos intervertebrais levando ao
atrito entre as vértebras e inflamação muscular, o que resulta em dor na
coluna.
O que
fazer: deve-se
optar por hábitos de vida saudáveis e movimentar o corpo para fortalecer os
músculos das costas. Assim, são recomendados exercícios físicos orientados para
trabalhar a musculatura, como natação, RPG (Recuperação Postural Global),
pilates, alongamentos ou yoga.
3.
Obesidade
A obesidade
e o excesso de peso são grandes causas de dor na coluna. A dor ocorre pela
sobrecarga de peso nas vértebras da coluna e também nas articulações como
joelhos e quadril. Além disso, a obesidade provoca processos inflamatórios em
todo o corpo, degeneração dos discos vertebrais e reduz o fluxo sanguíneo na
coluna devido a aterosclerose. Neste caso, geralmente, a dor nas costas está
associada à dor lombar.
O que
fazer: no caso
da obesidade, recomenda-se acompanhamento com médico ortopedista para a
utilização de medicamentos como anti inflamatórios e fisioterapia para redução
da dor. Além disso, perder peso é fundamental para a saúde da coluna e para o corpo
como um todo, e para isto, recomenda-se fazer acompanhamento com nutricionista
e endocrinologista.
4.
Postura errada
A postura
correta permite o equilíbrio entre os músculos e os ossos, quando isto não
acontece, podem acontecer alterações estruturais na coluna e também
enrijecimento das articulações e encurtamento dos músculos. A má postura pode
ocasionar dor lombar, dor no meio das costas e dor cervical.
O que
fazer: neste
caso, o melhor é tentar manter a melhor postura possível nas atividades do dia
a dia. Na realização de atividades domésticas, é importante evitar trabalhar
com o tronco totalmente inclinado. No trabalho, recomenda-se manter os
antebraços apoiados na mesa, sentar corretamente, mantendo os pés apoiados no
chão e com a coluna reta. Na hora de dormir, deve-se deitar de lado e colocar
um travesseiro na cabeça e outro entre as pernas.
5.
Esforços repetitivos
Trabalhos
que exijam esforços físicos repetitivos muito intensos podem causar tensões ou
lesões musculares ocasionando a dor na coluna na região relacionada com a área
de esforço. Algumas profissões conferem maior risco de dor na coluna por
esforços repetitivos como trabalhadores da construção civil, mecânicos e
enfermeiros, por exemplo.
O que
fazer: o ideal
é evitar carregar pesos muito elevados. Caso não seja possível, deve-se dividir
o peso, usar um carrinho ou pedir ajuda a um colega. Fazer alongamentos antes
de iniciar o trabalho, também é importante porque ajuda a preparar os músculos
para o trabalho.
6.
Excesso de estresse
O estresse é
uma forma física e emocional de reagir aos acontecimentos do dia a dia. Em
situações de excesso de estresse, o organismo libera hormônios na corrente
sanguínea, como o cortisol, podendo causar rigidez ou tensão muscular. Assim, a
dor na coluna, principalmente na lombar, pode estar relacionada ao estresse.
O que
fazer: é
importante fazer uma avaliação médica para eliminar outras causas da dor. Além
disso, o acompanhamento com psicólogo pode ajudar a identificar e resolver a
causa do estresse. Procurar fazer atividades que deem prazer como caminhadas,
pintura, yoga, por exemplo, ajudam a reduzir o estresse.
7.
Fibromialgia
A
fibromialgia é uma condição de dor crônica em que a pessoa possui maior
sensibilidade a dor em várias partes do corpo. Não existe uma causa específica,
no entanto, algumas condições como estresse e má qualidade do sono podem
desencadear a fibromialgia, provocando rigidez muscular, sendo esta uma das
causas de dor na coluna que pode ocorrer em qualquer região da coluna.
O que
fazer: o
tratamento da fibromialgia deve ser feito com antidepressivos e analgésicos
indicados pelo médico. Em quadros agudos de dor, a fisioterapia ajuda a relaxar
a musculatura e controlar a dor. Mudanças no hábito de vida, como ter uma
alimentação equilibrada e praticar atividades físicas indicadas pelo médico ou
educador físico, permitem reduzir o estresse e melhorar o sono, o que ajuda a
evitar o inicio da dor.
8. Hérnia
de disco
A hérnia de
disco ocorre quando o revestimento de um disco vertebral sofre um dano como
ruptura, provocando dor na coluna. Quando isto ocorre, o conteúdo de dentro do
disco vertebral pode extravasar e causar compressão de nervos, o que leva a
dores nas pernas ou nos braços, dependendo da região afetada. A hérnia de disco
é mais comum na lombar, mas também pode ocorrer na região do pescoço.
O que
fazer: os
sintomas da hérnia de disco podem desaparecer de 1 a 3 meses. No entanto, a dor
pode ser controlada com analgésicos e anti inflamatórios prescritos pelo
médico, fisioterapia, osteopatia e exercícios indicados pelo fisioterapeuta
para realinhar a coluna e fortalecer a musculatura. Apesar de pouco indicada,
em alguns casos mais graves, pode ser necessária cirurgia.
9.
Espondilite anquilosante
A
espondilite anquilosante é uma inflamação da coluna, de grandes articulações e
dos dedos dos pés e das mãos. É uma forma de artrite na coluna mais comum em
homens do que em mulheres. A dor na coluna geralmente é pior à noite e pela
manhã, devido à rigidez da musculatura da coluna.
O que
fazer: deve-se
consultar um ortopedista ou reumatologista para iniciar o tratamento mais
adequado, que normalmente é feito com anti-inflamatórios, analgésicos e
relaxantes musculares, além de técnicas de reabilitação que melhoram a
mobilidade e ajudam no controle da dor.
10.
Escoliose, cifose ou lordose
A escoliose
é a curvatura anormal da coluna que geralmente ocorre na infância e, quando não
diagnosticada e tratada, pode provocar dor na coluna.
A cifose é o
arqueamento da coluna, também conhecido como corcunda. Alguns fatores podem
ocasionar a cifose como carregar pesos excessivos, má postura, excesso de
exercício físico e utilização excessiva do celular. Além disso, osteoporose,
traumas e tumores também podem causar cifose.
A lordose,
assim como a cifose, é o arqueamento da coluna, porém a curvatura é para dentro
da coluna. As causas são variadas como obesidade, osteoporose e infecções nos
discos vertebrais, por exemplo.
O que
fazer: o
tratamento da escoliose, cifose e lordose é a fisioterapia, RPG ou pilates para
fortalecer a coluna vertebral e a musculatura. Em alguns casos, pode ser
necessário uso de coletes ortopédicos ou palmilhas para manter a coluna na
posição adequada. Nos casos de dor aguda, podem ser utilizados
anti-inflamatórios e analgésicos prescritos pelo médico.