A mulher,
que estava indo trabalhar, disse que não tem feito o caminho sozinha depois do
ocorrido e que irá mudar sua aparência com medo de ser reconhecida pelo homem.
Mulher diz que ficou traumatizada após homem passar a mão no corpo dela — Foto: Reprodução/Facebook/PGINFOMÍDIA
Uma mulher
de 37 anos foi surpreendida por um ciclista que passou a mão no corpo dela
enquanto ambos pedalavam por uma rua em Praia Grande, no litoral de São Paulo.
Ela, que estava a caminho do trabalho, disse ao g1, neste domingo (4), que
deixou de fazer o caminho sozinha por medo de reencontrá-lo e que decidiu mudar
sua aparência para não ser reconhecida pelo agressor.
A atendente
de supermercado, que prefere não se identificar, contou que faz o caminho há
muitos anos e nunca imaginou que fosse passar por uma situação parecida.
Segundo relata, ela estava pedalando como de costume e só percebeu a
aproximação do desconhecido quando sentiu a mão dele em sua bunda.
Em seguida,
o homem pedala mais rápido que ela e foge (veja vídeo no início da
matéria). "Foi muito rápido. Eu olhei para trás pra ver e pedir ajuda,
ver se alguém tinha visto, mas não tinha ninguém", diz. O caso aconteceu
por volta de 6h45 na Rua Santa Rita de Cássia, na Vila Caiçara.
"Isso é
coisa que a gente nunca acha que vai acontecer, me senti invadida demais. O
povo fala 'ah, tem mulher que anda muito despida', mas eu estava indo paro o
meu trabalho, vem uma pessoa e achou que tem o direito de fazer aquilo
comigo", desabafou.
"Acho
que se eu estivesse um pouco mais para trás [fundo da rua], não sei o que
poderia ter acontecido comigo", desabafa. Ao sair do trabalho, ela
procurou por câmeras que poderiam ter filmado o ocorrido e conseguiu o vídeo.
Companhia
no trajeto e mudança no cabelo
Desde a
importunação sexual, a mulher diz que ficou traumatizada e pediu ajuda a
colegas no trabalho para ter companhia no trajeto entre sua casa e o serviço.
Além disso, ela revela que irá mudar o aspecto de seus cabelos, para dificultar
ser reconhecida pelo agressor.
"Não
sei nem o que fazer. Estou com muito medo mesmo", revela. A atendente diz
que não tem conseguido dormir direito desde o acontecido e que, também, toma
sustos com aproximações repentinas. "Estou muito traumatizada",
finaliza.