Organização
pediu que governos prestem atenção a dados recolhidos e avaliem os riscos para tomar
medidas de contenção
OMS diz que Ômicron se espalhará no mundo
A OMS
(Organização Mundial da Saúde) divulgou nesta sexta-feira (3) que não há dúvida
de que a variante Ômicron do novo coronavírus se propagará pelo planeta e pediu
que os governos examinem detalhadamente os dados recolhidos dentro das
fronteiras e avaliem os riscos para tomar medidas de contenção.
"Podemos
estar seguros que essa variante se expandirá. A Delta também começou em um
lugar e, agora, é a variante predominante", afirmou o porta-voz da OMS,
Christian Lindmeier, em entrevista coletiva.
A Delta,
detectada inicialmente na Índia no segundo trimestre de 2020, representa mais
de 90% dos casos de Covid-19 que são registrados no mundo. "Uma vez que é
detectada uma variante e começa a vigilância, ela é encontrada mais e mais.
Isso funciona assim. Quando se descobre, é porque já há uma série de casos em
mais algum lugar", explicou Lindmeier.
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Notificações
recentes informam que a Ômicron já estava circulando na Europa antes de a
África do Sul e Botsuana identificarem a presença da cepa por meio do
sequenciamento do genoma do novo coronavírus, encontrado em teste de
diagnóstico.
Novamente, a
OMS fez um apelo para que o mundo não entre em pânico e tenha em conta que a
variante Delta é a causadora de um aumento considerável de casos e internações
em vários países, particularmente na Europa, há mais de duas semanas.
"Os
confinamentos, o fechamento de certas atividades econômicas, de mercados de
Natal em partes da Europa, tudo isso aconteceu antes da Ômicron, e a razão foi
o aumento de casos da Delta. Não percamos essa perspectiva", disse
Lindmeier.
Sobre as
restrições de viagens impostas aos países em que foi detectada a circulação
comunitária da Ômicron, o porta-voz da agência afirmou que isso só se justifica
no caso de ser medida para ganhar tempo, quando o sistema de saúde está em
dificuldade. "Em vez de fechar fronteiras e impor restrições, é preferível
preparar o país e o sistema sanitário para a chegada dos casos", disse o
representante da OMS.
Lindmeier
garantiu, ainda, que é necessário um reforço na aplicação de testes nos
aeroportos, uma medida considerada mais efetiva do que outras, que classificou
de "cegas", como o bloqueio de outros países. O porta-voz da agência
destacou também que, até o momento, não houve nenhuma notificação de que a
variante Ômicron tenha causado a morte de algum infectado.