Crime
ocorreu na tarde de sábado (25), na área externa do estabelecimento, e o
suspeito está foragido
O
ex-namorado de Ketlin Vitória, suspeito de matá-la com sete facadas durante a
comemoração de um aniversário em um pesque-pague, em Colombo, na Região
Metropolitana de Curitiba, mandou um áudio para um homem, possivelmente o novo
namorado dela, ameaçando de morte.
(Foto: Arquivo Pessoal) |
O crime ocorreu na tarde de sábado (25), na área externa do estabelecimento, e o suspeito está foragido.
“Me traiu!
Sete facadas levou a [palavrão] agora. O próximo é você, cara. O próximo é
você, seu nóia”, disse o suspeito no áudio enviado por WhatsApp para o rapaz.
Segundo a família, ele usou o celular de Ketlin para mandar a mensagem.
Uma tia de
Ketlin Vitória Priscilla Martins conversou, neste domingo (26), com a equipe da
RICtv, sobre o crime. Ela disse que a jovem namorou o suspeito durante quatro
meses, porém, não queria mais manter o relacionamento. No entanto, ao insistir
nas idas e vindas e por acreditar que o ex iria mudar, ela acabou morrendo.
“Se, na
primeira vez que ela terminou com ele, não tivesse voltado, ela estaria viva
hoje. Mas ela acreditou. Então, não acreditem, essas pessoas não mudam,
infelizmente essas pessoas não mudam”, contou a tia.
Os dois já
tinham terminado o namoro, mas o rapaz insistia em procurar a moça, de acordo
com a família. Eles disseram, inclusive, que o indivíduo chegou a citar que
“caso a Ketlin não fosse dele, não seria de mais ninguém”.
Ketlin foi morta com sete facadas (Foto: Arquivo Pessoal)
“Eu cuidava
dela desde pequena. Ela nunca na vida incomodou. Depois que conheceu este homem
a vida dela mudou. Ela era uma pessoa muito boa, trabalhadora,
de domingo a domingo. Mas, infelizmente, o amor dela
levou a morte”, acrescentou Priscilla.
Sofria calada
A tia
declarou que Ketlin era apaixonada pelo rapaz, porém, “sofria
calada” com agressões. A vítima chegou a registrar Boletim de Ocorrência contra
o namorado, mas mesmo assim ele continuou perseguindo a moça. Para a tia, o
crime deste foi premeditado.
“Acabou a
nossa vida. Mas eu espero, na Justiça de Deus, que peguem ele”, argumentou.
A tia da
jovem revelou ainda que quando eles se conheceram, ele usava
tornozeleira eletrônica, por causa da Lei Maria da Penha, mas ela
acreditava que isso nunca aconteceria com ela.
Após o
término, o suspeito teria ido perturbar Ketlin inclusive no trabalho,
em um shopping localizado no bairro Tarumã, em Curitiba.
“Eles
separavam e voltavam sempre, mas o motivo ela nunca contava. Sofria calada”,
disse Priscilla.
Após ser
esfaqueada, a jovem chegou a ser encaminhada com vida a Unidade de Pronto
Atendimento Alto Maracanã. Entretanto, devido aos graves ferimentos no abdômen,
não resistiu.