Superior
Tribunal de Justiça abriu um processo administrativo para decidir se vai punir
a magistrada. Uma semana antes de beijar o condenado, ela foi da turma de
juízes que determinou qual era a pena do detento.
Uma juíza
da Argentina foi gravada por câmeras de segurança dando um beijo na
boca de um homem condenado à prisão perpétua por ter matado um policial na sala
de visitas de uma penintenciária na cidade de Trelew, no sudeste do país.
A juíza que
beijou o preso chama-se Mariel Suárez. Ela integrou uma turma de juízes que
condenou o próprio detento que ela beija nas imagens, Cristian Bustos.
Bustos foi
condenado por matar um policial em 2009. Na hora de determinar a sentença, no
dia 22 de dezembro de 2021, a juíza Suárez foi um voto dissidente: ela foi
contra a pena de prisão perpétua.
A imagem do
beijo foi gravada no dia 29 de dezembro de 2021, de acordo com o jornal “La
Nación”.
O Superior
Tribunal de Justiça publicou uma nota sobre o caso. O órgão afirma que recebeu
uma comunicação formal sobre o caso e que assim tomou conhecimento de um
encontro que havia sido requerido por uma juíza e um detento considerado de
alta periculosidade.
“Dos dados
desse comunicado surge a notícia de que a juíza havia incorrido em condutas
inadequadas para uma magistrada. As ações agora serão tomadas para elucidar as
circunstâncias dessa reunião entre a magistrada e um condenado, o conteúdo do
encontro, sua extensão, o tempo que durou e as características desse encontro,
que podem implicar violações da lei e do regimento interno do Poder
Judiciário”, afirma a nota.
Quem é o
preso?
Bustos era
procurado da Justiça em 2009 e enfrentou policiais que tentaram capturá-lo. Ele
matou um dos policiais, escapou e fugiu para o Chile, onde foi recapturado anos
depois. Ele ainda cumpriu uma pena no Chile antes de ser extraditado para
a Argentina.