Os dez mortos estavam hospedados em uma pousada em São José da Barra (MG). Eles eram familiares e amigos. Até a noite de domingo (9), cinco pessoas foram identificadas.
Vítimas em Capitólio — Foto: Reprodução |
O Corpo de
Bombeiros confirmou, neste domingo (9), 10 mortes causadas pelo desabamento de
pedras em Capitólio (MG), e começou a confirmar suas identidades. As vítimas
estavam na mesma lancha que tinha o nome de "Jesus", segundo o
delegado regional da Polícia Civil, Marcos Pimenta.
Eles estavam
hospedados em um rancho em São José da Barra (MG) e eram familiares e amigos. O
dono da pousada era proprietário da lancha e também parente das vítimas. O
piloto era funcionário dele, de acordo com informações da polícia.
A primeira
vítima foi identificada oficialmente na manhã deste domingo. Outras quatro
vítimas foram identificadas durante a noite.
O delegado
informou que já há informações sobre as outras pessoas que morreram, mas a
polícia aguarda a resposta dos laudos e dos testes de DNA para ter a
comprovação oficial da identificação. O porta-voz do Corpo de Bombeiros de MG
disse que não tem previsão para o fim das buscas.
Veja
abaixo quem são as vítimas da tragédia em Capitólio:
- Julio Borges Antunes, 68 anos, natural de Alpinópolis (MG). Será enterrado em São José da Barra.
Julio Borges Antunes, 68 anos, vítima da queda do paredão em Capitólio — Foto: Reprodução/Redes sociais |
- Maycon Douglas de Osti, 24 anos, nascido em Campinas. Será enterrado em Sumaré.
Maycon Douglas de Osti, de 24 anos, vítima da queda do paredão em Capitólio — Foto: Reprodução/Redes sociais |
- Camila da Silva Machado, 18 anos, nascida em Paulínia. Será enterrada em Sumaré.
Camila da Silva Machado, de 18 anos, vítima da queda do paredão em Capitólio — Foto: Reprodução/Redes sociais |
- Sebastião Teixeira da Silva, 67 anos, natural de Anhumas. Será enterrado em Serrania.
Sebastião Teixeira da Silva, de 67 anos, vítima da queda do paredão em Capitólio — Foto: Reprodução/Redes sociais |
- Marlene Augusta Teixeira da Silva, 57 anos, natural de Itaú de Minas. Será enterrada em Serrania.
Marlene Augusta Teixeira da Silva, 57 anos, vítima da queda do paredão em Capitólio — Foto: Reprodução/Redes sociais |
Marlene e
Sebastião eram casados. Eles eram os tios que a costureira Alessandra Barbosa estava procurando no
dia do acidente. Maycon era namorado da Camila.
Vítimas
que ainda aguardam identificação oficial:
- Homem de 40 anos, natural de
Betim (MG) - piloto da lancha
- Mulher de 43 anos, natural de
Cajamar (SP)
- Homem de 35 anos, natural
de Passos (MG)
- Jovem de 14 anos, natural de
Alfenas (MG)
- Homem de 37 anos, natural de
Itaú de Minas (MG)
Trabalho
de buscas e identificação
Júlio Borges
Antunes, de 68 anos, era de Alpinópolis (MG). O corpo já foi liberado para
a família e deve ser enterrado ainda neste domingo (9) em São José da Barra
(MG).
Na tarde de
domingo, as autoridades informaram que uma segunda pessoa foi identificada, mas
o nome não foi divulgado.
Investigação
Ainda não se
sabe o que provocou o acidente. Além da Polícia Civil, a Marinha informou que
um inquérito será instaurado para apurar as causas do deslizamento de pedras no
Lago de Furnas.
O prefeito
de Capitólio, Cristiano Geraldo da Silva (Progressista), disse em entrevista
coletiva neste domingo que não nunca havia ocorrido acidente como este e, por
isso, não há um estudo ou análise geológica sobre os paredões.
Pela manhã o
prefeito já tinha anunciado o fechamento do turismo aquático na cidade. Segundo
ele, estão fechadas as entradas dos cânions e também do local conhecido como
Cascatinha.
Também neste
domingo, Furnas Centrais Elétricas divulgou uma nota sobre o acidente.
"FURNAS
lamenta profundamente o acidente e verdadeiramente se solidariza com as vítimas
e seus familiares. A empresa esclarece que utiliza a água do lago para a
geração de energia elétrica, por meio de Contrato de Concessão de Geração de
Serviço Público, e que compete à Marinha do Brasil e aos respectivos poderes
públicos locais a gestão dos demais usos múltiplos do reservatório, dentre os
quais as atividades econômicas de turismo profissional.
FURNAS apoia
por meio de iniciativas e projetos socioambientais as 34 prefeituras e suas
defesas-civis existentes no entorno do lago, que é um dos maiores lagos
artificiais do mundo com mais de 3.500 km de perímetro, mas não tem poderes
para desenvolver fiscalização e/ou outorgas de licenças para atividades de
turismo e lazer.
FURNAS
reforça que o Corpo de Bombeiros, a Marinha do Brasil, Polícia Civil e Federal,
bem como a Defesa Civil de Minas Gerais estão conduzindo operações de resgate e
apurações sobre o ocorrido em Capitólio.
Segundo
balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros na manhã deste domingo, 50 militares
estiveram empenhados na operação de busca, entre bombeiros militares e
militares da Marinha do Brasil; 11 mergulhadores dos bombeiros empenhados,
especialistas nesse tipo de operação e já familiarizados com a área de busca; 4
lanchas e 3 motos aquáticas da Marinha e dos bombeiros lançadas no local de
busca já delimitado, além do apoio de 7 viaturas.
O que se
sabe até agora:
- O deslizamento ocorreu por volta
de 12h30. Ainda não se sabe o que causou o acidente
- Quatro embarcações foram
atingidas, segundo os bombeiros
- Dez pessoas morreram. Ao menos 2
seguem internadas
- Uma equipe de mergulhadores está
no local e não há previsão de término das buscas (elas foram suspensas
durante a noite e foram retomadas no domingo)
- 27 pessoas foram atendidas e
liberadas
- A primeira informação dos
bombeiros dava conta de 20 desaparecidos, mas o número foi atualizado para
3 logo depois
- Bombeiros e Polícia Civil estão
no local; a Marinha foi acionada e vai investigar a causa
- Defesa Civil havia emitido um
alerta sobre chuvas intensas na região com possibilidade de "cabeça
d'água"; Marinha também investiga por que os passeios foram mantidos