Quatro pessoas estão desaparecidas; vítimas estavam em lanchas atingidas durante o
passeio pelos cânions do Capitólio
Chega a 7 o
número de mortos na tragédia do Capitólio que aconteceu no final da manhã deste
sábado (8), em Minas Gerais. Segundo o Corpo de Bombeiros, a estimativa é de
que ainda haja 3 pessoas desaparecidas. Ninguém foi identificado até o
momento. A rocha se desprendeu e atingiu três lanchas que estavam mais próximas
dos cânions.
Os corpos
das vítimas fatais foram localizados no local do acidente, resgatados pelo
Corpo de Bombeiros de Minas Gerais e encaminhados para Instituto Médico Legal
de Passos, a 74 km de Capitólio. No total, 32 pessoas foram atendidas após o
acidente, sendo 23 com ferimentos leves que já foram liberadas e nove que ainda
estão internadas.
Duas pessoas
tiveram fraturas expostas e foram socorridas para a Santa Casa de Piumhi.
Outras três estão sendo atendidas na Santa Casa de Passos, mas o estado de
saúde delas não foi divulgado. Outras quatro pessoas com ferimentos leves estão
na Santa Casa de São José da Barra.
Em
entrevista coletiva na tarde deste sábado (8), o coronel dos bombeiros Edgard
Estevo informou que as buscas ainda estão acontecendo e devem continuar à
noite. 40 bombeiros e mergulhadores
estão trabalhando no local do acidente.
O
acidente
Muitas
embarcações estavam no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), quando houve um
deslizamento de pedras. O local é procurado por turistas por sua beleza
natural.
A cena foi filmada pelos passageiros de outras embarcações que estavam mais distantes. Algumas pessoas que estavam no passeio perceberam o momento em que a pedra começou a ruir e tentaram avisar quem estava mais próximo. Apesar do alerta, não houve tempo para sair do local e as lanchas acabaram sendo atingidas.
Em um vídeo
que circula pelas redes sociais, um turista indica que a rachadura está se
abrindo e alerta ao condutor da embarcação para sair de perto. "Puxa pra
lá, corre galera. Foge, foge", diz o passageiro antes da gravação ser
interrompida.
O Corpo de
Bombeiros informou que houve uma "tromba d'água" perto das pedras, que
acabaram caindo da altura de mais de cinco metros. Gustavo Cunha Melo,
especialista em gerenciamento de risco, disse ao G1 que a tromba d'água pode
ter agido como um gatilho para desmoronamento, mas não foi a causa do problema.
"Essa rocha já estava com muita erosão, totalmente fragmentada, ela iria
desabar em algum momento. A tromba d’água pode explicar o desabamento neste
momento? Pode, assim como também não precisava nada – ela ia desabar em algum
momento por erosão, por um processo natural", afirmou.
Em nota, a
Marinha do Brasil informou que vai instaura um inquérito para investigar o
acidente. "A DelFurnas deslocou, imediatamente, equipes de Busca e
Salvamento (SAR) para o local, integrantes da Operação Verão ora em andamento,
a fim de prestar o apoio necessário às tripulações envolvidas no acidente, no
transporte de feridos para a Santa Casa de Capitólio, e no auxílio aos outros
órgãos atuando no local", diz a nota.
Minas vive
momento de tensão com as chuvas. Um dique da Mina Pau Branco chegou a transbordar
na manhã de hoje, com a água invadindo a BR-040, que liga a capital Belo
Horizonte ao Rio de Janeiro.