Apesar de
não existirem remédios para prevenir a gripe, há opções que conseguem diminuir
os sintomas da enfermidade
O surto de
gripe já atinge pelo menos 19 estados do Brasil e tem provocado apreensão entre
os brasileiros, especialmente, porque está coincidindo com a epidemia de
Covid-19. Os locais onde há maior avanço do influenza H3N2 são Rio de Janeiro,
Salvador e São Paulo, cidades que já emitiram alertas epidemiológicos.
A gripe é
uma doença relativamente comum que apresenta como principais sintomas dor de
garganta, tosse, febre ou nariz escorrendo. A enfermidade representa um perigo
maior para idosos, crianças e pessoas com problemas no sistema imunológico.
A doença vem
provocando uma corrida às farmácias em busca de remédios que possam prevenir ou
amenizar os sintomas da doença. No entanto, especialistas alertam que não há
remédios indicados para prevenir a gripe e reforçam que a automedicação envolve
riscos.
“O uso
indiscriminado de remédios para tratar quadros virais é errado. Muitas pessoas
usam antibióticos e outros medicamentos em doses inadequadas, que podem fazer
mal para a função renal e a função hepática, principalmente”, esclarece o
clínico geral Lucas Albanaz, do Grupo Santa.
Segundo ele,
a melhor forma de evitar a gripe, é se vacinar. Hábitos que fortalecem o
sistema imunológico, como equilibrar a alimentação, praticar exercícios
físicos, dormir bem e controlar o estresse, também são maneiras indiretas de se
proteger.
No mercado
farmacêutico, entretanto, existem remédios que aliviam os sintomas:
anti-inflamatórios, analgésicos e corticoides, entre outros. O médico destaca,
entretanto, que antes de ir ao balcão da farmácia, os pacientes devem conversar
com seu médico de confiança. “Baseado na idade, comorbidades presentes no
histórico de saúde e gravidade dos sintomas, o médico avaliará se é necessário
tomar alguma medicação”, afirma Albanaz.
Remédios
para tratar a gripe
A vacinação
é a forma mais eficaz de prevenir a gripe. Para reduzir os sintomas da
enfermidade, há alguns antigripais no mercado como Antigrippine, Benegrip e
Sinutab. Além destes, há outros que tratam sintomas específicos como:
- Remédios anti-inflamatórios: para diminuir a inflamação
da garganta. Exemplo: Ibuprofeno ou Diclofenaco;
- Remédios analgésicos e
antipiréticos: para
diminuir dor no corpo, dor de garganta, cabeça e/ou ouvido. Exemplo:
Paracetamol ou Novalgina;
- Remédios antialérgicos: para diminuir tosse, espirros e
coriza. Exemplo: Loratadina, Desloratadina ou Fexofenadina;
- Remédios antitussígeno: para aliviar a tosse seca.
Exemplo: Atossion, Levodropropizina ou Hytós Plus;
- Remédios expectorantes: para ajudar a expelir
secreções. Exemplo: Bisolvon, Mucosolvan ou Vick.
Além disso,
o médico pode prescrever Tamiflu, o medicamento, entretanto, é indicado
apenas para grupos vulneráveis.
Geralmente,
o médico indica o uso de vários remédios em conjunto, como um antipirético e um
expectorante, por exemplo. O uso dos medicamentos normalmente é feito durante
pelo menos 5 dias, que é quando os sintomas diminuem. O tratamento deve ser
seguido em repouso, com o consumo de 2 litros de água por dia e o uso de soro
fisiológico no nariz para hidratar as vias aéreas.
Remédios
para gripe na gravidez
Durante a
gestação, é importante evitar o uso de remédios comprados na farmácia, pois
podem provocar atraso no crescimento e desenvolvimento do bebê. Se a grávida
estiver com sintomas de gripe, deve procurar seu médico de confiança para
receber o tratamento mais adequado.
Geralmente,
os analgésicos à base de paracetamol e a vitamina C são os únicos remédios que
a gestante pode tomar contra a gripe, além de descansar, manter uma boa
alimentação e beber muitos líquidos. Quando a mulher está amamentando, também
deve evitar o uso de remédios, pois seus ativos podem passar para o bebê
através do leite.