Animal
foi flagrado no rio Aquidauana, no distrito de Piraputanga, região norte do
estado.
Uma sucuri
de aproximadamente 6 metros de comprimento foi flagrada boiando após engolir uma
presa, no rio Aquidauana, entre Dois Irmãos do Buriti e o distrito de
Piraputanga, em Mato Grosso do Sul. Assista ao vídeo acima.
Conforme
apurado, na tarde de segunda-feira (27), um grupo de canoístas flagrou uma
típica cena sul-mato-grossense: uma sucuri de, pelo menos, 6 metros digerindo
"banquete" na barranca do rio. Pelas imagens é possível identificar
uma parte da cabeça do animal dentro da água e o restante boiando na
superfície.
Morador na
região, um pescador relatou ao site O Pantaneiro, que estava indo resgatar um
boi próximo ao rio, quando avistou a cobra pela primeira vez. A equipe de
reportagem foi até o local para confirmar os depoimentos, e avistou o réptil,
digerindo uma presa, provavelmente, uma capivara ou uma presa de porte médio.
Seja no
Pantanal de Mato Grosso do Sul ou nas águas cristalinas de Bonito (MS), a 297
km de Campo Grande, as sucuris são vistas com frequência no rio dos estados. O
período mais propício para a aparição das serpentes é o fim do outono e começo
do inverno, quando as sucuris saem da água em busca de sol.
Ao g1, o biólogo
Pedro Guimarães explicou que para digerir as presas, as sucuris podem demorar
semanas e precisam ficar em repouso, pois sua pele e órgãos, como o esôfago e o
estômago, se dilatam até três vezes mais que o normal.
O
especialista esclareceu ser comum encontrar répteis expostos ao sol, já que o
luz promove a elevação da temperatura corporal e auxilia o animal na digestão.
"É
natural vermos as sucuris fora da água, seja em cima de galhos ou se expondo ao
sol, isso auxilia na regulação da sua temperatura e na digestão. Os turistas e
pescadores que encontrarem o animal não devem mexer com o réptil, porque se
mexer, ela pode vomitar, o que pode provocar que ela engasgue e acabe
morrendo", disse.
A sucuri é
uma cobra da família Boidae, pertencente ao gênero Eunectes e sua distribuição
geográfica é restrita à América do Sul. Apesar de não serem ágeis em ambiente
terrestre, elas são muito rápidas dentro d'água podendo ficar até 30 minutos
sem respirar. Os animais possuem hábitos crepusculares e noturnos.
Sucuri de 6 metros é flagrada no Rio Aquidauana — Foto: O Pantaneiro/ Reprodução |