Serviço inaugurado em 24 de janeiro foi suspenso no dia seguinte devido à grande procura. Consultas poderão ser feitas no novo site a partir de 14 de fevereiro.
O Banco Central informou nesta segunda-feira (7) que será
criada uma nova página na internet para o serviço de consultas a recursos
esquecidos em bancos.
Esse novo site entrará em operação na próxima segunda-feira
(14), data já anunciada pelo BC para a retomada do serviço de consultas,
suspenso após a grande procura derrubar a página do Banco Central na Internet
(leia mais abaixo).
O novo endereço para as consultas a valores esquecidos
é valoresareceber.bcb.gov.br
Não será mais possível fazer essa consulta por meio do site
do BC.
Devolução a partir de março
A instituição informou, ainda, que os valores
esquecidos nos bancos serão devolvidos somente a partir de 7 de março.
Para ter acesso ao sistema de consultas, é preciso fazer um
cadastro pelo site Acesso (https://sso.acesso.gov.br)
ou pelo aplicativo Gov.br
O BC explicou que apenas depois de acessar o sistema,
e somente no caso de pedir o resgate sem indicar uma chave Pix, a
instituição financeira escolhida entrará em contato para realizar a
transferência.
Fora do ar
A ferramenta foi disponibilizada, inicialmente, no dia
24 de janeiro. Porém, no dia seguinte sistema não suportou a grande quantidade
de acessos, e o Banco Central tirou o site do ar.
De acordo com o BC, houve demanda muito superior à esperada,
e a instituição está "investindo fortemente" na ampliação de sua
capacidade de atendimento.
Ainda segundo o BC, os cidadãos não devem se preocupar com
eventuais recursos que tenham a receber.
Explicou, também, que os clientes poderão acessar o novo site
valoresareceber.bcb.gov.br a qualquer momento e receber uma nova data de
agendamento.
"O cidadão nunca perde o direito sobre os valores em seu
nome. As instituições financeiras guardarão esses recursos pelo tempo que for
necessário, esperando até que o cidadão solicite a devolução", declarou.
Na nota, o BC faz um alerta em relação a tentativas
de golpe, e dá as seguintes instruções:
- O
único site para consulta ao SVR e para solicitação de valores é
valoresareceber.bcb.gov.br.
- O
Banco Central NÃO envia links NEM entra em contato com o cidadão para
tratar sobre valores a receber ou para confirmar seus dados pessoais.
- NINGUÉM
está autorizado a entrar em contato com o cidadão em nome do Banco Central
ou do Sistema Valores a Receber.
- Portanto,
o cidadão NUNCA deve clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS,
WhatsApp ou Telegram.
- O
cidadão NÃO deve fazer qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos
valores. É golpe!
Até R$ 8 bilhões
Segundo o Banco Central, nesta primeira fase do serviço são
cerca de R$ 3,9 bilhões de valores a serem devolvidos para 24 milhões de
pessoas físicas e jurídicas. Os valores decorrem de:
- contas-correntes
ou poupança encerradas com saldo disponível;
- tarifas
e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas
indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de
Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central;
- cotas
de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de
cooperativas de crédito; e
- recursos
não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
Ao todo, o Banco Central estima que os clientes tenham a
receber cerca de R$ 8 bilhões. Deste total, R$ 900 mil foram resgatados. O
restante dos valores será disponibilizado no decorrer deste ano de 2022, fruto
de:
- tarifas
e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas
indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC;
- contas
de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
- contas
de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores
mobiliários encerradas com saldo disponível; e
- outras
situações que impliquem em valores a devolver reconhecidas pelas
instituições.
Publicidade
Na época em que anunciou a criação da funcionalidade, o Banco
Central disse que objetivo do sistema é dar publicidade a valores que
clientes de instituições financeiras têm direito e, muitas vezes, nem sabem.
"Além disso, a perspectiva de recebimento de valores
baixos pode não motivar as pessoas a procurarem as instituições financeiras com
as quais mantém ou mantiveram relacionamento atrás de informações”, afirmou o
BC em nota na época.
A autoridade monetária informa que as informações
disponibilizadas no novo serviço são de responsabilidade das próprias
instituições.
"Em algumas situações, os saldos a receber podem ser de
pequeno valor, mas pertencem aos cidadãos que agora possuem uma forma simples e
ágil para receber esses valores", diz o Banco Central em nota.