Sistema utilizará dados de biometria do TSE para certificar
identidade dos usuários
— Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Documento Nacional de Identidade (DNI), um
aplicativo que reunirá no celular todos os documentos, como identidade,
carteira de habilitação e título de eleitor, foi lançado hoje em
cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Utilizará dados de
biometria do tribunal para certificar a identidade das pessoas.
“É a celebração da parceria entre Judiciário e Executivo na
inauguração da cidadania digital”, disse o ministro da Economia, Paulo
Guedes. O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, disse que há
uma revolução em curso, a digital, e o Brasil “não perdeu o bonde”.
O TSE tem dados biográficos e biométricos de cerca de 120
milhões de brasileiros, destacou Barroso.
Ele explicou que com o DNI digital não será mais necessário
carregar documentos em papel. “É a simplificação da vida”, comentou.
Já o uso da biometria permitirá a conferência de
identidade das pessoas em bancos e repartições públicas. Com isso,
será possível reduzir fraudes produzidas a partir de carteiras falsas de
identificação. Haverá também efeitos positivos no sistema penitenciário,
acrescentou. Hoje, há pessoas presas no lugar de outras que têm nome igual.
O presidente do TSE destacou ainda que a intenção é cadastrar
todos os brasileiros, de forma que não haverá mais os “invisíveis”. Além
disso, será possível acabar com as provas de vida, que obrigam pessoas, muitas
vezes idosas, a comparecerem a repartições públicas para demonstrar que estão
vivas.
Guedes destacou que, sem os dados da biometria do TSE, não
seria possível ter implementado muitos dos serviços da plataforma gov.br. O Brasil
está em sétimo lugar no ranking mundial de governo digital, à frente de muitas
economias avançadas. É o primeiro das Américas. O ministro destacou a
digitalização de 68 milhões de brasileiros na “experiência traumática” da
pandemia.