Mãe e padrasto foram presos temporariamente, segundo nota da Polícia Civil neste sábado (16).
A mãe da menina de 11 anos encontrada morta em Timbó, no Vale
do Itajaí, confessou à Polícia Civil ter matado a filha com socos e chutes. A
mulher e o padrasto da criança foram presos preventivamente, segundo nota
divulgada pela corporação na manhã deste sábado (16).
De acordo com a delegacia, a mulher confessou, no segundo
depoimento prestado à polícia, que matou a menina como forma de represália, já
que não aceitava que a filha havia se tornado "sexualmente ativa".
O padrasto ficou em silêncio durante o depoimento. Ele chegou
a ser apontado pela Polícia Militar como suspeito, mas teria negado a autoria
do homicídio.
Eles foram chamados a depor novamente após laudos médicos e
técnicos apresentarem contradições entre a versão apresentada por eles e o tipo
de ferimentos encontrados no corpo da criança. A menina apresentava
diversas lesões pelo corpo, segundo laudo da necropsia.
Contradições
Inicialmente, o casal apresentou a versão de que a menina
caiu de uma escada após tentar resgatar um gato. De acordo com os suspeitos, a
menina estava consciente e seguiu realizando as atividades normalmente, até a
hora de dormir. A dupla afirmou, no entanto, que, à meia-noite, ela começou a
passar mal e chamaram os bombeiros.
"Ambos foram esclarecidos das contradições entre a
versão apresentada e as provas reunidas", informou a Polícia Civil, em
nota.
Conforme a Polícia Civil, o laudo da necropsia apontou que os
ferimentos no corpo da criança eram incompatíveis com uma queda de
escada. Ela tinha diversas lesões internas no crânio, baço, pulmão,
intestino e uma laceração na vagina. O rosto da menina também tinha
ferimentos.
A perícia feita na casa onde o crime ocorreu encontrou marcas
de sangue nas proximidades do quarto da criança, sofá, em uma toalha, fronha e
em uma calça masculina.
Relembre o caso
A menina 11 anos foi encontrada morta, com sinais de
violência na madrugada de quarta-feira (14). À ocasião, a Polícia
Civil informou que encaminhou a mãe e o padrasto da vítima para a delegacia
de Indaial, na mesma região. Ele foram liberados após prestarem
depoimentos.
No relatório da ocorrência, a PM informou que padrasto da
vítima tem 41 anos e teria negado o crime aos policiais militares.
Inicialmente, a PM afirmou que havia sido acionada pelo Corpo
de Bombeiros, por volta da 1h, na Rua Germano Brandes Sênior, no bairro
Imigrantes. No entanto, a corporação corrigiu a informação às 11h e informou
que foi chamada pelo Hospital Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas
(OASE), que fica localizado na cidade.