Mãe da vítima confessou ter matado a filha, segundo anúncio da Polícia Civil neste sábado (16).
O caso da menina de 11 anos encontrada morta em Timbó, no
Vale do Itajaí, ganhou novos desdobramentos neste sábado (16). Isso porque a
Polícia Civil divulgou que a mãe da menina confessou, em depoimento, ter matado
a filha com socos e chutes.
Segundo a polícia, Luna Nathielli Bonett Gonçalves foi achada
morta em casa, na madrugada de quinta-feira (14). Ela tinha sinais de violência
pelo corpo.
Veja abaixo o que se sabe e o que falta saber sobre o caso.
O que falta saber?
A prisão temporária decretada tem prazo de 30 dias. Nesse
período, segundo o delegado André Beckman, a investigação prossegue em torno da
participação do padrasto na morte da criança, bem como para evidenciar se houve
ou não a prática de crime contra a dignidade sexual.
Quem é a vítima?
A vítima é Luna Nathielli Bonett Gonçalves, de 11 anos. Ela
morava em Timbó, no Vale do Itajaí. O nome foi confirmado pela Funerária
Butzke.
Luna Nathielli Bonett Gonçalves tinha 11 anos e morreu em Timbó, no Vale do Itajaí — Foto: Reprodução/NSC TC |
Há suspeitos?
Os suspeitos são a mãe e o padrasto da criança,
segundo a Polícia Civil.
Alguém foi preso?
A polícia informou, neste sábado (16), que os dois suspeitos
foram presos temporariamente por 30 dias.
Como o caso veio à tona?
A criança foi encontrada morta em casa, na madrugada de
quinta. Na ocasião, o relatório da Polícia Militar apontou que o corpo tinha
sinais de violência.
O socorro foi acionado por volta da meia-noite pela mãe e
padrasto, e a criança foi encaminhada ao Hospital Ordem Auxiliadora das
Senhoras Evangélicas (OASE). A menina chegou à unidade de saúde sem vida.
O que diziam os suspeitos?
Na quinta-feira, o casal apresentou a versão de que a menina
caiu de uma escada após tentar resgatar um gato.
De acordo com os suspeitos, a menina estava consciente e
seguiu realizando as atividades normalmente, até a hora de dormir. A dupla
afirmou, no entanto, que, à meia-noite, ela começou a passar mal e chamaram os
bombeiros.
O que a investigação constatou?
Conforme a Polícia Civil, o laudo da necropsia apontou que os
ferimentos no corpo da criança eram incompatíveis com uma queda de
escada. Ela tinha diversas lesões internas no crânio, baço, pulmão,
intestino e uma laceração na vagina. O rosto da menina também tinha ferimentos.
A perícia feita na casa onde o crime ocorreu encontrou marcas
de sangue nas proximidades do quarto da criança, sofá, em uma toalha, fronha e
em uma calça masculina.
O que dizem os suspeitos agora?
Considerando as contradições, a Polícia Civil intimou os
suspeitos a prestarem depoimento novamente, na presença dos advogados.
De acordo com a delegacia, a mulher confessou que
matou a menina como forma de represália, já que não aceitava que a filha
havia se tornado "sexualmente ativa".
O padrasto ficou em silêncio durante o depoimento.