Segundo a polícia, o homem realizou sequência de furtos e
dano ao patrimônio público com o propósito de ser preso para ficar junto ao
namorado, que está preso na Penitenciária Estadual de Dourados.
Um homem de 39 anos, que estava em liberdade condicional, foi
preso duas vezes em menos de 24h, em Dourados (MS). Para a polícia, ele contou
que cometeu os crimes de furto e dano ao patrimônio público para voltar à
prisão e ficar junto ao namorado, que segundo ele ainda tem “muita cadeia para
tirar”.
Conforme o registro policial, o namorado dele está preso na
Penitenciária Estadual de Dourados. O homem furtou, no início da noite de
segunda-feira (11), uma bicicleta e ficou na região do crime até ser visto pela
dona do veículo.
Segundo o registro policial, ela pediu ajuda a populares para
contê-lo, porém o suspeito não apresentou resistência e disse que cometeu
o crime para voltar ao Sistema Carcerário para reencontrar o namorado.
Contudo, horas depois o homem foi solto para responder pelas
ações em liberdade. Focado em concretizar o objetivo de "reencontrar o
amor", ele voltou a cometer crimes logo após ser solto. Um vaso sanitário
da praça Antônio João foi um dos alvos dele.
“Assim que saiu da delegacia já foi fazer um segundo furto e
em seguida danificou o patrono público [vaso sanitário], daí foi preso hoje
cedinho, porque ficou parado ao lado do posto da Guarda Municipal
esperando ser preso”, detalha o delegado que acompanhou o caso, Gabriel
Desterro.
Praça Antônio João foi alvo do crime contra o patrimônio público. — Foto: Reprodução/GoogleMaps
O delegado disse que explicou para o homem sobre progressão
de regime e livramento condicional que poderiam ser aplicados no caso do
namorado dele. Segundo Desterro, inicialmente o homem disse que não era somente
pelo namorado, mas depois assumiu que cometeu os crimes exclusivamente por essa
razão.
“Me prende pelo amor de Deus, sem ele nada faz sentido”,
disse o homem ao delegado.
Ele também disse às autoridades que "se fosse solto,
iria matar alguém para ser preso e poder falar com um juiz".