A mulher de 31 anos foi golpeada na cabeça - e outras partes
do corpo - por PMs que faziam a segurança da festa
A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento
Social da Bahia (SJDHDS) divulgou uma nota informando que está acompanhando o
caso de Priscila Muniz, a indígena agredida na noite do último dia 18, num
evento no município de Pau Brasil, extremo sul da Bahia. Nas imagens que
circulam nas redes sociais e na imprensa, fica evidente o uso de força
desproporcional por parte de alguns policiais militares.
A Secretaria de Justiça informou ainda que prestou
solidariedade e se colocou à disposição de Priscila Pataxó-hã-hã-hãe, por meio
da Coordenação de Políticas para os Povos Indígenas da Superintendência de
Direitos Humanos, para apoio neste momento. A vítima sofreu ferimentos graves
na cabeça, escoriações pelo corpo e foi encaminhada para realizar exame de
corpo de delito.
"A SJDHDS repudia a violência sofrida e manteve contato
com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), além de acompanhar a
apuração dos fatos pela Corregedoria da SSP-BA, já determinada pelo Secretário
de Segurança Pública", diz o comunicado.
A indígena agredida por policiais militares em uma festa do
sul da Bahia voltou a passar mal na última quinta-feira (21) e
precisou ser internada no Hospital Arlete Magalhães, localizado no município de
Pau Brasil. A mulher de 31 anos foi golpeada na cabeça - e outras partes
do corpo - por PMs que faziam a segurança da festa de aniversário da cidade na
última segunda-feira (18). A família de Priscila conta que ela passará a
noite em observação no hospital e não previsão de alta. Ela continua tendo
episódios de desmaio e tontura e está recebendo soro.