Biólogo fala sobre o comportamento das cobras nesta época do
ano.
Sucuri em meio a galhos e troncos, às margens do rio Formoso, em Bonito — Foto: Diovane Monteiro/Arquivo pessoal |
O passeio nesse domingo (29), pelo rio Formoso, em Bonito, a
cerca de 300 quilômetros de Campo Grande, rendeu aos amigos Diovane e João
Vítor bem mais do que registros das águas cristalinas: eles avistaram duas
sucuris ao sol.
'Moradoras' da região da Serra da Bodoquena, as sucuris-verde
são mais facilmente vistas nessa época do ano porque saem das águas para
tomarem sol. "No inverno saem mais porque precisam poupar energia, pois as
presas estão mais escondidas, e também para se aquecerem", explica o
biólogo Diego Santana.
Diovane e João Vítor estavam com mais dois turistas e um guia
quando viram as duas cobras. A primeira estava junto a troncos e galhos, às
margens do rio, e aparentava ter aproximadamente 2,5 metros. Cerca de cinco
quilômetros dali, a segunda sucuri. "Essa era gigante, parecia ter uns
seis metros", conta Diovane.
Os amigos não registraram em fotos essa segunda, mas as
imagens estão guardadas na memória. "Estava em meio à vegetação, no feixe
de sol", lembra.
Em meio aos troncos, sucuri-verde até pode 'passar despercebida' — Foto: Diovane Monteiro/Arquivo pessoal |
Não foi a primeira vez que eles viram sucuris, não tiveram
medo e seguiram as orientações do guia. "Ele disse para não chegar muito
perto e que elas são pacíficas quando não se sentem ameaçadas".
Conforme o biólogo, além de buscarem mais o sol no inverno,
outro hábito das sucuris é ficar debaixo d´ água. "São excelentes
nadadoras e ficam com a cabeça, com o olho para fora".
De acordo com Diego, as fêmeas podem chegar até 6 metros e os
machos não passam dos quatro.
Diovane e o amigo João Vítor, em Bonito — Foto: Diovane Monteiro/Arquivo pessoal |