São 699 vagas de nível superior na Receita e 1.000 vagas de nível médio no INSS; salários chegam a R$ 21 mil.
Concursos públicos — Foto: Reprodução/INSS
O Ministério da Economia autorizou dois dos concursos mais
esperados pelos candidatos: 699 vagas para a Receita Federal e 1.000 vagas no
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ambos os órgãos não fazem concursos
há bastante tempo. No caso do INSS, são sete anos de espera pela nova abertura
de vagas, em meio ao atraso na análise e liberação de pedidos de benefícios. Na
Receita Federal, são oito anos, mesmo com o déficit de servidores na
fiscalização aduaneira.
As vagas autorizadas são as seguintes:
- 1
mil vagas de técnicos do seguro social (nível médio e salário de R$
6.500)
- 230
vagas para auditor-fiscal (nível superior e salário de R$ 21.029)
- 469
para analista-tributário (nível superior e salário de R$ 11.684)
O prazo para a publicação dos editais de abertura é de 6
meses a partir da data de publicação das portarias, ou seja, até 13 de
dezembro.
Receita Federal
O último concurso para auditor-fiscal foi em 2014, para 278
vagas. A organizadora foi a Escola de Administração Fazendária (Esaf). Veja
o edital e as provas anteriores do concurso.
Já para analista-tributário foram oferecidas 750 vagas em
2012, com a mesma banca organizadora. Veja o
edital e as provas anteriores do concurso.
Os dois cargos exigem diploma de curso superior concluído em
qualquer área. Os salários iniciais são de R$ 21.029 para auditor-fiscal e de
R$ 11.684 para analista-tributário.
Nos concursos anteriores de 2012 para analista tributário e
em 2014 para auditor fiscal, foram aplicadas provas objetivas e discursivas.
A prova objetiva foi dividida entre conhecimentos gerais e
específicos. No caso dos conhecimentos gerais, as disciplinas foram
praticamente as mesmas. Já na de conhecimentos específicos houve algumas
diferenças. Veja abaixo:
Para auditor fiscal, a prova discursiva teve questões
referentes a Direito Tributário e Comércio Internacional e Legislação Aduaneira.
Para analista tributário, a prova discursiva teve questões
sobre Direito Constitucional e Administrativo, Administração Geral, Direito
Tributário, Legislação Tributária e Aduaneira e Informática.
As provas foram elaboradas e aplicadas pela Escola de
Administração Fazendária (Esaf), que acabou incorporada pela Escola Nacional de
Administração Pública (Enap) em 2019.
A Receita Federal confirmou que a Enap não será a banca
organizadora do concurso. O órgão informou que está em processo de seleção da
banca que irá realizar o concurso. A data de divulgação do edital e de
realização das provas, bem como da nomeação dos aprovados, não foi definida.
A concorrência dos concursos da Receita chegou a passar de
200 candidatos por vaga na ocasião. Para analista, o concurso de 2012 com 750
vagas teve 93.692 candidatos (125 por vaga). No caso do auditor, a concorrência
foi o dobro: foram 68.540 candidatos para 278 vagas (246 por vaga).
De acordo com a Receita Federal, as provas para ambos os
cargos serão aplicadas no mesmo dia, para que os mesmos candidatos não
concorram aos dois cargos, o que poderia prejudicar o preenchimento das vagas.
Foi autorizada a redução para dois meses do prazo entre a
publicação do edital e a realização da primeira prova do concurso, ou seja, os
candidatos terão menos tempo para se preparar para os testes.
INSS
O último edital do concurso do INSS foi lançado em 2015
e previa 800 vagas para técnico do seguro social. A organizadora do concurso
foi o Cebraspe - veja o edital e as provas anteriores do concurso.
O concurso teve prova objetiva de conhecimentos básicos e
específicos com as disciplinas de Ética no Serviço Público, Regime Jurídico
Único, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Administrativo,
Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Noções de Informática e Seguridade
Social.
Foram 1.043.807 inscritos para as 800 vagas - 1.304
candidatos por vaga.
O cargo exige nível médio de escolaridade. O salário inicial
é de R$ 6.500.
O INSS informou que a escolha da banca
organizadora deve ser feita daqui a 60 dias, ou seja, até agosto.
Os aprovados serão convocados, de acordo com a classificação,
para trabalhar nas Agências da Previdência Social espalhadas pelo país.