A vítima, identificada como Marcelo Camilo, 36 anos, chegou ao hospital com ferimentos no coração causados por duas perfurações de objeto cortante. A empresa de São Leopoldo diz que está "colaborando com as autoridades para elucidar o caso".
De acordo com a Polícia Civil, um homem foi morto por seu
chefe durante o expediente, na manhã desta segunda-feira (6), em São Leopoldo,
na Região Metropolitana de Porto Alegre (assista acima). A motivação do crime
teria sido um desentendimento por conta do horário estipulado para o intervalo
do café.
A vítima, identificada como Marcelo Camilo, 36 anos, chegou
ao Hospital da Unimed de São Leopoldo com um ferimento no coração causado por
duas perfurações de objeto cortante e sofreu três paradas cardíacas antes de
morrer.
O suspeito do crime é considerado foragido pela polícia e
teria fugido do local caminhando. O homem, que não teve sua identidade
revelada, tinha no histórico policial um registro de ocorrência por ameaça.
Imagens da câmera de segurança da empresa mostram a vítima
saindo de uma sala com a mão no peito e cambaleando. Ele passou por um setor em
que outros funcionários estavam trabalhando e saiu outra porta.
Em seguida, o homem que, segundo a polícia, é o suspeito do
crime foi atrás da vítima, mas não pareceu prestar socorro. A cena ainda chama
a atenção de outros colegas que estavam no local.
Em nota, a empresa lamentou profundamente a morte e se
solidarizou com a família e com amigos de Marcelo Camilo. A empresa ainda
informa que "está prestando toda assistência à família do funcionário, bem
como colaborando com as autoridades para elucidar os fatos".
Discussão por horário do café
Vítima foi socorrida por colegas e levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos no coração — Foto: Reprodução |
Segundo o delegado André Serrão, da delegacia de São
Leopoldo, o suspeito havia determinado que os funcionários só poderiam
tomar café durante uma determinada faixa de horário. Camilo teria ido ao local
estipulado para esse intervalo em um horário diferente, o que deu início à
discussão. O chefe, então, usou um instrumento para agredir o subordinado.
A polícia abriu investigação para apurar se o objeto usado no
crime, uma espécie de chave, era um instrumento de trabalho ou se pertencia ao
suspeito.
"O supervisor tinha muitos conflitos com seus
funcionários. Inclusive, na semana passada, já teve um atrito com seus
funcionários, em que ele tinha proibido veementemente que eles consumissem o café
naquele determinado horário e, por isso, foi gerada a desavença, que culminou
com esse resultado, que abalou a cidade", diz o delegado André Serrão.
De acordo com a polícia, o suspeito e a vítima já haviam
discutido sobre o horário do café na semana anterior e horas antes do crime. O
autor do crime, no entanto, não tinha apresentado comportamento violento na
empresa antes do episódio.
Polícia investiga se objeto usado para matar funcionário de empresa em São Leopoldo era usado no trabalho ou se pertencia ao suspeito do crime — Foto: Polícia Civil/Divulgação |