Caso aconteceu nos Estados Unidos. Segundo imprensa local, morador de Nova Jersey, tinha dor localizada havia cinco anos. Médicos que o diagnosticaram lhe deram quatro dias de vida.
Tomografia de Bernstein mostrando seu tumor no rim. — Foto: Northwell Health/Divulgação
O que era apenas uma consulta por uma dor no dedão do pé
direito terminou sendo o diagnóstico de um tumor em fase terminal para
um aposentado dos Estados Unidos.
Segundo o jornal "New York Post", Richard
Bernstein, 42, sentia a dor havia cinco anos, e pensava que se tratava de uma
fratura, mas recebeu o diagnóstico de grande tumor no rim e de um trombo
tumoral, um tumor que se estende até um vaso sanguíneo.
Depois dos anos de visitas a pedólogos e fisioterapeutas, que
nunca achavam nenhum problema nos ossos, ele recorreu a um especialista de
medicina esportiva, que suspeitou de estenose espinhal, que pode pressionar
nervos da coluna vertebral.
No entanto, os sintomas começaram a aumentar. A dor subiu
para o tornozelo e, em março deste ano, sua perna começou a inchar. Foi só
aí que um médico pediu um exame abdominal, que revelou o tumor.
O exame, encaminhado a um urologista, identificou ainda um
trombo (coágulo no sangue) que cresceu através da veia renal e preenchia a veia
cava, que drena sangue para o coração, e tinha 99% das artérias da coronária
bloqueadas, além do fígado quase entrando em falência.
"Ele (o médico) me disse que eu tinha quatro dias de vida", relatou Bernstein ao "New York Post".
Médicos operam Bernstein. Procedimento durou cerca de 12 horas. — Foto: Northwell Health
Segundo o diretor de urologia do Hospital Phelps, no estado
de Nova York, Michael Grosso, o bloqueio de veias por conta do tumor
e do trombo era o que explicava a dor no pé do aposentado, já que os sintomas
de câncer no fígado costumam surgir já em uma fase avançada do tumor.
O paciente passou então por uma cirurgia de urgência
para remover o tumor.
"Ele estava totalmente na corda-bamba, tinha duas
situações de alto risco de vida em um período muito curto acontecendo ao mesmo
tempo", afirmou Grosso ao "New York Post".
Após 12 horas de uma cirurgia complexa e casada entre médicos
de diferentes especialidades, o tumor e o trombo foram retirados e uma ponte de
safena foi realizada.
Com o tumor retirado, os médicos descartaram, por enquanto, a
necessidade de quimioterapia em Bernstein, que já anda sozinho e está se
recuperando da cirurgia.
"Meu conselho é que ninguém desista de buscar o
diagnóstico se algo te incomoda. Confie no seu instinto", disse.