Hoje, o governo paga 50% do valor do botijão a cada dois
meses
Parlamentares governistas avaliam garantir a concessão do
vale-gás todos os meses. Hoje, o governo paga 50% do valor do botijão a cada
dois meses. No pacote dos combustíveis em discussão no Congresso, o valor do
benefício vai dobrar para 100% do preço do botijão. Mas o núcleo político está
pressionando para aumentar também a periodicidade.
O reforço no vale-gás será incluído em Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
em tramitação no Senado. A PEC trará também reforço do Auxílio Brasil, com a
elevação do piso do benefício social de R$ 400 para R$ 600.
Entre os técnicos do Ministério da Cidadania, o gasto estimado das duas medidas
girava hoje entre R$ 29 bilhões a R$ 30 bilhões até dezembro desse ano.
Na sexta-feira, 24, o relator da PEC, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), previu
um gasto para os dois auxílios de R$ 23,1 bilhões - R$ 21,6 bilhões do Auxílio
Brasil e R$ 1,5 bilhão do vale-gás.
Bezerra estimou um custo de R$ 34,8 bilhões, valor que deve subir com as
mudanças que foram discutidas. Na área econômica, a previsão nesta
segunda-feira era de um custo de R$ 37 bilhões fora do teto de gastos (a regra
que limita o crescimento das despesas à variação da inflação). O pacote ainda
inclui uma bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil e a compensação a Estados pela
gratuidade no transporte coletivo de idosos e pela perda na arrecadação com a
fixação da alíquota do ICMS sobre o etanol em 12%.
O relator iria apresentar o parecer nesta segunda, 27, mas adiou o anúncio para
esta terça, 28, às 11 horas.