Jayda Bento, de 26 anos, foi encontrada sem vida por colegas de trabalho. Delegado apura circunstâncias do ocorrido e informou que perícia deve apontar causa da morte.
Jayda Bento de Souza, de 26 anos, foi encontrada morta em banheiro de hospital em Pirenópolis — Foto: Reprodução/Instagram |
A médica Jayda Bento de Souza, de 26 anos, foi encontrada
morta em um banheiro do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (Heelj) em
Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal. A Polícia Civil investiga qual foi
a causa da morte e se alguém deve ser responsabilizado.
O g1 pediu uma posição à assessoria da unidade de saúde, por
mensagem às 15h21 desta quarta-feira (29), e aguarda retorno.
Segundo o delegado Tibério Martins, a vítima foi encontrada
pelos colegas de trabalho no sábado (25), próximo ao horário em que deveria
assumir o plantão na unidade.
"O pessoal abriu a porta do quarto [em que ela estaria]
e ouviu a torneira ligada no banheiro. Bateram na porta, ela não respondia,
então arrombaram e encontraram o corpo dela lá", descreveu.
Jayda Bento foi encontrada morta em banheiro de hospital de Pirenópolis — Foto: Reprodução/Instagram |
Tibério disse que, ao lado de Jayda, havia um frasco de
remédio e uma seringa. De acordo com ele, deve ser apurado o regime de trabalho
da jovem no local, se há envolvimento de outra pessoa e se ela morreu em
decorrência de um choque anafilático - uma reação alérgica grave que pode ser
fatal.
O delegado contou que estava indicado no frasco um tipo de
anestésico, que "é usado para regulagem do sono", mas que a
confirmação de qual substância pode ter sido usada pela médica e com qual
intuito são objetos da investigação e dependem de resultados de perícia.
Questionado se há suspeita de que a médica estaria com
sobrecarga de trabalho, o delegado disse que a questão também será apurada.
"Sobre o horário de plantão, circulou essa informação
[de que a médica estaria trabalhando há 60 horas direto] pelas redes sociais,
mas o hospital já desmentiu esta carga horária. Em todo caso, será apurado o
regime de trabalho dela no ambiente hospitalar. [...] Nós não descartamos nada
nesse sentido, se com o andamento das investigações for informado que esse
medicamento era de uso frequente dos médicos, aí teremos mais essa linha para
apurar", explicou.
As investigações devem contar com trabalho da Polícia Técnico-Científica
para esclarecer o que realmente levou à morte da médica.
Jayda foi encontrada morta dentro de banheiro em hospital de Pirenópolis — Foto: Reprodução/Instagram |
Homenagens
Nas redes sociais, Jayda recebeu várias mensagens de carinho
e despedida de amigos e familiares. Várias publicações lembraram a médica como
uma pessoa “divertida”, “companheira”, “leal”, “rica de alma”, “intensa” e
amada. Uma das pessoas escreveu:
“É triste que sua passagem neste mundo tenha sido tão breve,
mas tenho certeza que você viveu intensamente, aproveitou cada minuto, foi uma
pessoa incrível e amada".
Outra amiga se declarou lembrando da importância da amizade e
presença de Jayda.
"Tenho muita gratidão a Deus por ter me permitido falar
no seu último dia aqui na Terra aquilo que devíamos falar diariamente pra quem
é especial pra nós: que eu te amava. E tive a honra de receber sua resposta a
tempo. [...] Ainda não consigo acreditar que toda essa energia contagiante não
vai estar mais perto de mim. Você deixou pra mim um imenso legado de sua enorme
resiliência. Obrigada por tudo! Lembrarei de você sempre com um sorriso no
rosto e do seu abraço casa".