O governo estabeleceu como prioridade de Daniella Marques,
nova presidente da Caixa Econômica Federal, acelerar o pagamento do valor de R$
600 para beneficiários do Auxílio Brasil. A medida é avaliada como forma de o
presidente Jair Bolsonaro angariar votos para o 1º turno das eleições de
outubro.
Oficialmente, o discurso é que a nova presidente ajude a
passar a limpo os casos de assédio sexual e moral no banco, depois das
denúncias envolvendo Pedro Guimarães, que deixou o comando da instituição na
semana passada.
Mas tanto o governo quanto a campanha de Bolsonaro já pediram uma força tarefa para que o novo valor chegue aos beneficiários o mais rápido possível, assim que o Congresso aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê estado de emergência para viabilizar pacote social de R$ 41,2 bilhões.
O texto foi aprovado na semana passada pelo Senado e agora
está na Câmara dos Deputados. A proposta estabelece um estado de emergência no
país para viabilizar a criação de um voucher temporário de R$ 1 mil para
caminhoneiros autônomos e um benefício para taxistas. O texto também amplia de
R$ 400 para R$ 600 o valor do Auxílio Brasil. As medidas vão valer até o fim do
ano, caso aprovadas pelo Congresso.
A expectativa do governo é que, no máximo, na primeira semana
de agosto os R$ 600 do Auxílio Brasil já comecem a chegar na conta de quem
recebe o benefício — o pagamento é operacionalizado pela Caixa. Ao mesmo tempo,
uma campanha para ligar os R$ 600 a Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, será
trabalhada pela campanha, enquanto o governo também vai promover o assunto.