Com a rápida popularização do Pix entre os brasileiros, aumentaram também as tentativas de golpes usando o serviço digital de transferências bancárias gratuitas e instantâneas criado pelo Banco Central
Com a rápida popularização do Pix entre os brasileiros,
aumentaram também as tentativas de golpes usando o serviço digital de
transferências bancárias gratuitas e instantâneas criado pelo Banco Central,
adverte a Serasa.
Os atrativos da ferramenta são também os que mais chamam a
atenção dos criminosos: a possibilidade de fazer transações gratuitas e
instantâneas a qualquer dia e horário. Devido a disso, os consumidores têm
menos tempo para perceber que estão sendo vítimas de um golpe e cancelar a
operação.
É praticamente impossível recuperar os valores transferidos,
pois a transação foi feita de forma espontânea, mesmo que motivada por um
crime.
A seguir, conheça os principais golpes usando Pix e saiba
como se proteger, conforme a Serasa:
1) WhatsApp clonado
Com a chegada do Pix, a clonagem de WhatsApp foi
aprimorada. O criminoso entra em contato com a pessoa se passando por
uma empresa e pede que ela digite um código, enviado para confirmar,
atualizar ou autenticar algum cadastro.
Esse código permite a clonagem do WhatsApp e o sequestro do
perfil. Se o usuário não ativar a autenticação em duas etapas, o
golpista consegue instalar a conta em outro aparelho. A partir daí, aciona
os contatos da vítima e pede ajuda financeira, principalmente transferência por
Pix.
Como evitar esse golpe?
Habilite a autenticação de duas etapas na sua conta do
WhatsApp. Abra o
aplicativo, clique no menu de três pontos e acesse as configurações. Em
“conta”, escolha “verificação/confirmação em duas etapas”. Clique em “ativar” e
escolha uma senha seis dígitos para a conta do WhatsApp.
Confirme o seu código pessoal e Cadastre um endereço de
e-mail válido para caso esqueça seu código. Por último, clique em “avançar” e
confirme seu endereço de e-mail, depois em “salvar”.
2) Atendimento bancário falso
O criminoso aproveita o desconhecimento sobre os tipos de
chaves Pix que os usuários podem cadastrar, se passa por atendente do
banco e induz o consumidor a criar uma chave Pix. Para efetivar o
cadastro, seria necessário fazer um teste. É nesse momento que a pessoa cai no
golpe e acaba transferindo um valor.
Dificilmente a vítima vai conseguir reaver o valor
transferido, pois a transação foi feita por vontade própria, mesmo que induzida
por um crime.
Como evitar esse golpe?
Nunca forneça seus dados ou faça operações bancárias em
ligações. A
Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que funcionários de
instituições bancárias nunca solicitam a confirmação ou cadastro de dados
pessoais em conversas telefônicas. Inclusive, esclarece que os bancos não
pedem que os clientes façam testes com as chaves Pix cadastradas.
Em caso de suspeita de golpe, não forneça seus dados
nem faça transferências, desligue a ligação e entre em contato com os canais
oficiais do seu banco.
3) Bug do Pix
Esse golpe começa com a divulgação de uma notícia falsa, que afirma que existe uma falha no
Pix que permite que as pessoas recebam um prêmio em dinheiro quando transferem
valores para determinadas chaves. O resto você já sabe: o cliente
transfere o valor para a suposta chave premiada e o dinheiro vai direto para a
conta do golpista.
Como evitar esse golpe?
Qualquer anúncio ou mensagem que fale sobre “dinheiro fácil”
deve ser um sinal de alerta. O sistema Pix, criado pelo Banco Central, é
seguro, robusto e sem bugs.
4) QR Code falso
Uma das formas de fazer pagamentos por Pix é via QR Code,
comuns para transferências em apresentações on-line que arrecadam dinheiro para
artistas ou instituições. Os golpistas fazem o download desses vídeos e
criam uma nova transmissão com um QR Code falso, e o dinheiro vai
direito para a conta do criminoso.
Como evitar esse golpe?
Ao fazer doações, transferências e pagamentos por Pix, via QR
Code, fique atento a origem do código e se desconfiar dos valores ou
mesmo da origem da solicitação, não complete a operação.