Proposta orçamentária do governo federal para o ano que vem prevê benefício a R$ 400
O presidente Jair Bolsonaro durante transmissão ao vivo nas redes sociais |
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quinta-feira
(1º) que o Brasil pode continuar sob estado de emergência em 2023 para que o
governo federal possa pagar o Auxílio Brasil de R$ 600. Diante desse cenário, o
Poder Executivo fica autorizado a criar novas despesas fora do teto de gastos
públicos.
A princípio, de acordo com o Projeto da Lei Orçamentária
Anual (Ploa) de 2023 apresentado pelo Palácio do Planalto ao Congresso
Nacional, o benefício retomará o valor original de R$ 400 no próximo ano,
apesar de Bolsonaro ter prometido manter os R$ 600 que serão repassados aos
beneficiários até dezembro de 2022.
O Auxílio Brasil no valor de R$ 600 foi possível a partir da
aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) no Congresso, em
julho, que reconheceu estado de emergência no país até o fim deste ano em razão
da elevação do preço dos combustíveis.
"De onde virão os R$ 200 extras para pagar os R$ 600? De
dois possíveis lugares. Um: se a guerra [entre Rússia e Ucrânia] continuar lá
fora, continuamos em emergência aqui. Da mesma forma como nós passamos mais R$
200 [para 2022], se vota uma PEC e o Parlamento vai ser favorável",
afirmou Bolsonaro, em live nas redes sociais.
A outra opção cogitada pelo presidente é taxar lucros e
dividendos de pessoas e empresas que ganham acima de R$ 400 mil por mês.
"O pessoal paga um imposto bem pequeno. O certo seria pagar 27% disso
tudo. A proposta da equipe econômica é de 15%, e com essa taxação é possível
corrigir a tabela do Imposto de Renda", explicou Bolsonaro.
O presidente reconheceu que, considerando os parâmetros
atuais para construção do Orçamento de 2023, não é possível estender os R$ 600.
"Por que não podia botar na peça orçamentária? Para botar, tem que achar o
espaço para isso. E no momento não tem como achar espaço, porque tem o limite
[do teto de gastos], e isso dá algumas dezenas de bilhões de reais",
comentou.
"Se a gente botasse agora, eu ficaria sem poder propor
mais nada. Por exemplo, teria que tirar de lá a isenção do PIS/Cofins de
gasolina, diesel e álcool, que está mantido a zero para o ano que vem",
acrescentou Bolsonaro.
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