Moro é candidato ao Senado pelo União Brasil no Paraná. Operação também apreendeu materiais no comitê de Paulo Martins, também candidato ao Senado Federal.
O ex-juiz Sergio Moro — Foto: Futura Press/Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo |
A Justiça Eleitoral cumpriu neste sábado (3) operação de
busca e apreensão na casa do ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil),
candidato a senador no Paraná, para recolher materiais de campanha.
A decisão da Justiça Eleitoral atende a pedido da Federação
"Brasil da Esperança", formada pelo PT/PCDOB/PV. A federação apontou
que Moro colocou o nome do suplente de senador em tamanho e proporção inferior
ao exigido pela lei eleitoral.
A sentença, da juíza auxiliar Melissa de Azevedo Olivas, do
Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, foi dada na noite de quinta-feira (2).
Ela determinou, além da busca e apreensão, a regularização do material sob pena
de multa diária de R$ 5.000.
O advogado de Moro, Gustavo Guedes, disse que os nomes dos
suplentes estão de acordo com a lei eleitoral e que irá recorrer da decisão. A
busca se deu na casa de Moro porque é o endereço indicado no registro da
candidatura na Justiça Eleitoral. "Repudia-se a iniciativa agressiva e o
sensacionalismo da diligência requerida pelo PT”, afirmou.
No Twitter, Moro disse que a operação de busca e apreensão
foi "abusiva". "O crime? Imprimir santinhos com letras dos nomes
dos suplentes supostamente menores do que o devido", disse. "Nada
comparável aos bilhões de reais roubados durante os governos do PT e do Lula.
Não me intimidarão, mas repudio a tentativa grotesca de me difamar e de
intimidar minha família", afirmou o candidato.
A assessoria da Justiça Eleitoral do Paraná informou que o
processo corre em segredo de justiça e que, até a última atualização desta
reportagem, não havia mais informações sobre o caso.
Paulo Martins
A Justiça Eleitoral do Paraná também autorizou o cumprimento
de mandados de busca e apreensão no comitê de Paulo Martins, candidato ao
Senado pelo Partido Liberal (PL).
Martins se pronunciou pelas redes sociais. Ele disse que
"a pedido da federação do PT, a Justiça Eleitoral apreendeu parte do meu
material de campanha. A justificativa é que os nomes dos suplentes não estavam
no tamanho correto. Pela mesma razão determinou a remoção de links. Serão
muitas batalhas, mas vamos lutar e vencer", escreveu.
PT defendeu ação
O Partido dos Trabalhadores informou, em nota, que "a
legislação eleitoral deve ser cumprida. Os candidatos ao Senado no Paraná,
Sérgio Moro e Paulo Martins, não estão acima das regras eleitorais, assim como
qualquer outra candidatura".
"Reafirmamos nosso compromisso com a democracia, com
eleições justas e limpas. A Federação Brasil da Esperança no Paraná - PT, PCdoB
e PV segue vigilante no combate à possíveis irregularidades", destacou.
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