Vídeo: Idoso tenta defender adolescente, leva soco de PM e desmaia

O aposentado Luiz Custódio da Silva, 67, foi agredido por um policial militar em Ribeirão Preto (SP). A vítima tentava defender um adolescente de 13 anos de uma abordagem do agente, quando foi surpreendido com um empurrão e um soco, chegando a cair no chão.

Luiz saiu de casa para ir ao banco e avistou a polícia abordando o adolescente que é suspeito de tráfico de drogas. Na versão dele, o agente chegou a bater a cabeça do menor de idade contra a parede e por isso, teria decidido intervir, questionando um dos policiais.

A vítima teria dito aos policiais que "não poderiam fazer aquilo, pois estavam errados. Se o menino estava traficando, é para pegar o menino, colocar na viatura e levar para a delegacia, o delegado resolveria". Na sequência, o homem recebeu um soco do agente. "Eu caí e não lembro de mais nada, só acordei no hospital", disse Luiz à Record TV.

O idoso caiu desacordado com o impacto do soco e precisou ser socorrido e levado para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da região. Ele levou pontos na sobrancelha e na região da orelha, além de ficar com o olho roxo e vários hematomas.

Policial diz que reagiu após ataque

No boletim registrado pela Polícia Civil, o policial afirma que foi acionado para atender a uma denúncia de tráfico de drogas. De acordo com ele, ao ser contido, o suspeito começou a gritar, o que chamou a atenção de moradores.

A versão do policial aponta ainda que eles chegaram a pedir para que a população se afastasse. Em seguida, o idoso se aproximou e teria "acuado" a dupla. Ele teria estendido o braço contra o peito do idoso e disse que foi agredido com um soco.

O agente diz ter reagido "usando moderadamente dos meios necessários" e que o idoso, por ter idade avançada, se desequilibrou e caiu no chão.

O aposentado nega que tenha praticado qualquer tipo de agressão contra o policial.

A reportagem pediu a SSP (Secretaria de Segurança Pública) detalhes sobre as circunstâncias do caso e se os policiais militares envolvidos seguem trabalhando normalmente.

Em nota ao UOL, a secretaria respondeu que não poderia fornecer detalhes para garantir a autonomia do trabalho policial. "A Polícia Militar esclarece que instaurou Inquérito Policial Militar (IPM), para apurar todas as circunstâncias relativas aos fatos. O caso citado também foi registrado pela CPJ de Ribeirão Preto", diz a nota.

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