Bolsonaro compartilha anúncio de 13º do Auxílio Brasil a mulheres

Chefe do Executivo deve fazer nova aposta na economia para tentar se reeleger


O presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilhou nesta segunda-feira, 3, em seu grupo oficial do Telegram a informação sobre o anúncio do 13º do Auxílio Brasil para mulheres, sem dar detalhes sobre quando a benesse será anunciada. No segundo turno da eleição contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),  o chefe do Executivo deve fazer nova aposta na economia para tentar se reeleger.

O custo da medida seria de R$ 10,110 bilhões para dar um pagamento adicional de R$ 600 para 16,85 milhões de famílias. De acordo com informações da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania do Ministério da Cidadania, as mulheres representaram 81,6% no recebimento do Auxílio Brasil em setembro. São 16,85 milhões de famílias chefiadas por mulheres que recebem o mínimo de R$ 600 do programa de transferência de renda.

Bolsonaro compartilhou a informação, revelada pelo colunista Igor Gadelha, do site Metrópoles, junto com outras notícias de viés econômico. O chefe do Executivo também repassou no Telegram informações sobre a alta do Ibovespa hoje, após o resultado do primeiro turno ter sido bem recebido pelo mercado, e a redução da mediana das projeções para a alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2022, de 5,88% para 5,74%, segundo o Relatório de Mercado Focus.



O governo também antecipou hoje o calendário de pagamentos do Auxílio Brasil em outubro. Os repasses começariam originalmente no dia 18 e terminariam no dia 31, conforme o Número de Identificação Social (NIS) dos beneficiários. Agora os pagamentos serão feitos a partir do dia 11 e terminarão no dia 25, cinco dias antes do segundo turno das eleições.

O Auxílio Brasil era tido pela campanha de Bolsonaro como o principal trunfo para a reeleição do presidente. Às vésperas da disputa pelo Palácio do Planalto, o governo conseguiu aprovar no Congresso o aumento da parcela do benefício social de R$ 400 para R$ 600 até o final do ano. Ao longo do primeiro turno, a dificuldade do chefe do Executivo em conseguir apoio da população de baixa renda surpreendeu o QG bolsonarista, mas o número de votos de Bolsonaro nas urnas, maior do que o esperado, voltou a animar os aliados.

A estratégia de Bolsonaro no segundo turno será tentar convencer a população de que, apesar da atual crise econômica, com o PT no governo seria pior. "Entendo que é uma vontade de mudar por parte da população, mas têm certas mudanças que podem vir para pior. E a gente tentou durante a campanha mostrar esse outro lado, mas parece que não atingiu a camada mais importante da sociedade", disse o presidente ontem, em pronunciamento no Palácio da Alvorada após acompanhar a apuração dos votos.

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