Criança estava internada no Hospital Luzia de Pinho Melo
desde o início de outubro. Família reclamou da demora no atendimento.
Menino ficou internado depois de picada de cobra em Mogi das Cruzes — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
O menino de 11 anos picado por uma cobra em Mogi das Cruzes
morreu nesta segunda-feira (17). Ele estava internado na UTI do Hospital Luzia
de Pinho Melo desde 6 de outubro. Em entrevista à TV Diário na última semana, a
família reclamou da demora no atendimento.
A mãe de João Victor Delfino Laurentino, Marcela Delfino,
contou ao Diário TV 1ª Edição que desde a hora que o garoto foi picado até o
momento em que ele recebeu o soro antiofídico, para combater os efeitos do
veneno do animal, se passaram mais de sete horas.
“Eu peguei para socorrer ele até o UPA, isso era umas sete e
pouco. Me enfiaram dentro de uma sala, o médico foi e deu uma bolsinha de soro
para ele. O menino vomitando. Aí eu fui e pedi uma ambulância para levar mais
rápido para o SUDS [Luzia de Pinho Melo]. Nessa a mulher disse para esperar um
pouquinho que já vem e já ia fazer uma hora e pouco que estava lá”.
“A ambulância chegou era umas dez e pouco e o meu filho já
estava meio apagado, olho fechado. Correram com ele para o Suds e quando chegou
ficaram com ele e foram dar o soro do veneno era 3h30”, contou.
No dia 13 de outubro, quando a reclamação da família foi veiculada
na TV Diário, a Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que o soro não está
disponível em nenhuma unidade de saúde municipal. Reforçou que o Hospital Luzia
de Pinho Melo é referência para todo o Alto Tietê na administração do soro
contra o veneno da picada de cobra.
A administração disse ainda que a transferência de paciente
para hospital da rede estadual precisa ter a autorização da Cross. E que ela
liberou a ficha da criança por volta de 21h30.
Já a Secretaria Estadual de Saúde informou que o paciente
recebeu toda a assistência assim que chegou ao Hospital Luzia de Pinho Melo.
Questionada sobre a demora da administração do soro, a Secretaria destacou que
a unidade é referência na região para esse tipo de atendimento e tinha o soro
antiofídico disponível. Ainda segundo a secretaria, além do soro, a criança
passou por hemodiálise.