Diretor da PRF foi intimado a interromper as ações imediatamente e foi ao TSE prestar esclarecimentos. No sábado (29), ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE ordenou que não fossem feitas operações no dia da votação do segundo turno.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) descumpriu ordem do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e realizou neste domingo (30), dia da
votação do segundo turno, pelo menos 514 operações de fiscalização contra
veículos fazendo transporte público de eleitores.
O número de manifestações consta em controle interno da PRF.
O jornal "Folha de S. Paulo" noticiou o caso inicialmente. A TV Globo
confirmou as informações.
Pelas informações no sistema interno da PRF não é possível
saber se os veículos foram parados antes ou depois de os eleitores votarem.
No sábado (29), o presidente do TSE, Alexandre de Moraes,
proibiu que a PRF realizasse qualquer operação relacionada ao transporte
público de eleitores no domingo, para não atrapalhar a votação.
Diante de relatos de que as operações estavam ocorrendo, em
especial no Nordeste, Moraes intimou o diretor da PRF, Silvinei Vasques, a
interromper imediatamente as ações de fiscalização. Se Silivinei não cumprir,
pode ser multado em R$ 100 mil a hora, ser afastado das funções e ser preso.
Silvinei foi ao TSE prestar depoimento no início da tarde
deste domingo.
Pedido de voto
Na noite do sábado, Silvinei Vasques postou no Instagram um
pedido de voto no presidente Jair Bolsonaro. Depois, apagou o post.
Relatos de fiscalizações e bloqueios da PF
Relatos, em especial no Nordeste, dão conta de operações de
fiscalização da PRF. Algumas cidades são:
- Cuité (PB): prefeito denuncia
blitz da PRF
- Jacobina (BA): relato de blitz
- Benevides (PA): PRF para ônibus com
eleitores
- Garanhuns (PE): bloqueio em
Garanhuns