Mais nova de dois irmãos, Rosângela da Silva nasceu em 1966
em União da Vitória, pequena cidade paranaense na divisa com Santa Catarina.
Revelação
O nome da primeira-dama Rosângela da Silva, ou Janja, veio
primeiro a público em 19 de maio de 2019, quando o economista Luiz Carlos
Bresser-Pereira, ex-ministro do governo de Fernando Henrique Cardoso, visitou
Lula, preso em Curitiba à época, e “entregou” o casal.
No Facebook, o economista relatou que o então ex-presidente
estava, para além da “boa forma física”, apaixonado. “Seu primeiro projeto ao
sair da prisão é se casar”, disse o ex-ministro.
Casamento
Com isso, o nome de Janja se tornou um dos mais comentados
nas redes sociais – e na imprensa - na época. O casamento, como prometido,
aconteceu. Em maio deste ano, o casal disse “sim” em São Paulo, em uma
cerimônia com familiares, políticos, artistas e outros amigos.
Mas quem é Janja?
Mais nova de dois irmãos, Rosângela da Silva nasceu em 1966
em União da Vitória, pequena cidade paranaense na divisa com Santa Catarina.
Filha de José Clóvis da Silva, um comerciante aposentado, e Vani Terezinha da
Silva, dona de casa que morreu em 2020, Janja cresceu em Curitiba, para onde a
família se mudou quando ela tinha apenas dez dias de vida.
Estudos
Aos 17 anos, Janja filiou-se ao Partido dos Trabalhadores e,
na sequência, ingressou na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde
graduou-se em ciências sociais e especializou-se em história. Depois, fez um
MBA em Gestão Social e Desenvolvimento Sustentável, na Universidade Positivo.
Segundo a revista Veja, Janja já foi casada e estava
sozinha havia dez anos quando iniciou o relacionamento com Lula. Ela não tem
filhos.
Experiência
Janja tem experiência como professora de sociologia para o
nível médio e superior e, de acordo com seu LinkedIn, atuou a partir de 2003 na
Itaipu Binacional como assistente da direção-geral. Segundo uma reportagem
do UOL, ela entrou no programa de demissão voluntária da companhia
em 2019.
O foco de seu trabalho na Itaipu era nas coordenações ligadas
à energia e barragens, assim como no diálogo com as famílias atingidas. Na
empresa, ações de equidade de gênero e voluntariado empresarial foram
desenvolvidas sob seu comando.
Currículo
Entre 2012 e 2016, a socióloga foi cedida à Eletrobrás, no
Rio de Janeiro, como coordenadora de asseguração da Comissão de Sustentabilidade
das empresas vinculadas à estatal. Na cidade, estreitou relações com o
Flamengo, o seu time do coração, e o Carnaval, uma grande paixão. O seu
currículo também inclui uma passagem pela Baesa (Usina Hidrelétrica Barra
Grande).
Por ser filiada ao PT desde a adolescência, Janja e Lula se
conhecem há muitos anos. Segundo apuração do UOL, desde as
Caravanas da Cidadania, de 1989, idealizadas pelo político com o objetivo de
conhecer de perto os problemas de diversas comunidades no país. Lideranças do
PT, sindicalistas, técnicos e jornalistas integravam o grupo, que se deslocava
de ônibus pelos estados. Entretanto, não se sabe com precisão quando o
relacionamento amoroso foi iniciado, décadas depois.
Palanque
A primeira-dama e o presidente viajaram pelo Brasil e mundo
para diferentes eventos. A socióloga foi responsável por criar uma releitura do
jingle “Sem medo de ser feliz”, da campanha de 1989 de Lula. O lançamento da
nova edição, com a participação de artistas como Teresa Cristina, Pabllo
Vittar, Martinho da Vila, Duda Beat e outros, marcou o início da
pré-candidatura em maio de 2022.
Em diversas ocasiões, Janja sempre tomava o centro do
palanque, com o microfone em mãos, enquanto o jingle tocava. Ela era a
responsável por fazer a introdução à fala de Lula. A primeira-dama foi apontada
por pessoas próximas, de acordo com apuração do UOL, como uma
figura articulada, que apresentou ideias e inseriu novas pautas sociais nas
reuniões desde a pré-candidatura, com temas relacionados à sustentabilidade e
ao direito dos animais.
Presença constante
Durante os 580 dias em que Lula esteve na carceragem da
Polícia Federal em Curitiba, a primeira-dama marcou presença constante nas
vigílias dos apoiadores, em frente ao prédio da PF. Ela era uma das
coordenadoras do movimento e uma das poucas autorizadas a visitar o político em
sua cela. Em um aniversário de Lula, celebrado em 27 de outubro, Janja foi a
responsável por puxar o “Parabéns” no microfone e por assoprar as velas.
Quando deixou a prisão, em 8 de novembro de 2019, o
presidente usou a casa da namorada como base provisória na cidade para dar
entrevistas e fazer reuniões. Ao sair da carceragem, Janja recebeu um beijo do
então namorado, o primeiro em frente a fotógrafos. “Eu consegui a proeza de,
preso, arrumar uma namorada”, declarou ele na ocasião.
O casal mora junto desde então em São Paulo e tem uma
cachorrinha, Resistência. A cadela foi adotada por Janja durante a vigília em
Curitiba e virou mascote da campanha.
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