Procedimento de averiguação anunciado pelo Ministério da
Cidadania pode levar à suspensão do benefício social.
Milhões de famílias que recebem o Auxílio Brasil estão
correndo o risco de perder o benefício. O Ministério da Cidadania anunciou uma
espécie de “pente-fino” para apurar possíveis irregularidades por parte dos
beneficiários do programa.
Segundo as informações divulgadas pelo governo federal, o
processo tem como alvo as famílias unipessoais, aquelas compostas por apenas um
integrante. Mais de 3 milhões de pessoas que se enquadram nessa condição foram
aprovadas para receber as parcelas desde novembro de 2021.
Todas essas inscrições no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico)
são recentes. Conforme informações da pasta, o número de inscritos no sistema
que dá acesso à Auxílio Brasil passou de 8.929.623 milhões em novembro do ano
passado para 13.912.102 milhões em outubro de 2022.
Benefício pode ser suspenso
De acordo com os critérios, a família interessada em receber
precisa ter renda mensal de até R$ 210 por pessoa, ou de R$ 105 por pessoa em
casas onde não há menores de 21 anos, grávidas ou gestantes. A maneira
encontrada por alguns indivíduos para burlar o sistema foi o desmembramento da
família.
Em outras palavras, os integrantes se dividem em mais de um
cadastro e cada um deles fica como titular de um auxílio diferente. Essa
prática é proibida e pode levar ao bloqueio do Auxílio Brasil.
Na hora de realizar o cadastro junto aos Centros de
Referência da Assistência Social (CRAS), a renda de todos os integrantes que
vivem em um mesmo lar deve ser incluída no CadÚnico. Caso contrário, o cidadão
estará cometendo fraude.
Como será feito o pente-fino
As famílias que se encontram nessa situação serão convocadas
para atualizar o cadastro e participar da averiguação. A convocação poderá ser
feita por mensagem de texto, mensagem no extrato de pagamento e até pelo
aplicativo do programa.
Segundo declaração recente de Tereza Campello, integrante da
equipe de transição de Lula, a apuração será assumida pelo novo governo. “O
governo Lula vai assumir com 1 milhão de pessoas sendo chamadas em janeiro e 2
milhões de pessoas sendo chamadas em fevereiro para comparecer ao CRAS ou (os
benefícios) vão ser bloqueados”, disse.
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