Novo governo já prepara a exclusão de pessoas
"ilegais" no Bolsa Família para a inclusão de famílias que fazem jus
ao programa
O novo Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,
Wellington Dias, em seu primeiro dia oficial no cargo, afirmou nesta última
segunda-feira (2), que fará uma filtragem de cadastrados com o retorno do Bolsa
Família em 2023.
Segundo afirmou o ministro da pasta, o objetivo é analisar as
informações dos beneficiários que recebem o atual Auxílio Brasil, de modo a
excluir grupos de pessoas chamadas de “ilegais” do programa social.
Com o foco nos dados dos inscritos do Auxílio Brasil será
possível identificar as fraudes existentes no programa social e
consequentemente zerar a fila de espera para concessão do benefício.
Cortes no Bolsa Família
O novo Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,
Wellington Dias, evitou cravar um número exato de cortes ou de inserções para o
Bolsa Família nos próximos meses.
Dias apenas sinalizou que existem pessoas que atualmente
recebem o Auxílio Brasil, mas que infelizmente não atendem as regras de entrada
do programa social.
Como consequência, se mantém uma fila de pessoas aguardando
aprovação no programa social, indevidamente, onde, pessoas que não fazem jus
estão recebendo, enquanto outras famílias que se encaixam nas regras do
programa ainda esperam pela aprovação.
“Vamos fazer uma revisão nesse cadastro. O Cadastro Único é o
cérebro de toda base social do Brasil. Um bom cadastro, uma política
eficiente”, declarou o Ministro Wellington Dias.
Ilegais no CadÚnico
O Cadastro Único (CadÚnico), é a base de dados do governo
para eleger as famílias que podem receber os benefícios sociais distribuídos
pelo governo federal, como o próprio Auxílio Brasil/Bolsa Família.
Segundo dados da equipe de desenvolvimento econômico do
governo, hoje a base de dados do CadÚnico, chega a 90 milhões de inscritos.
Através da base de dados do CadÚnico que não só o governo
federal, mas também os governos estaduais e municipais podem selecionar quais
famílias de baixa renda podem ser contemplados com os programas de assistência
social.
Dessa forma, podemos entender que a análise dos “ilegais” do
Auxílio Brasil deverá acontecer diretamente no Cadastro Único.
A partir do CadÚnico, o governo possuí informações quanto a
situação financeira, escolaridade, grau de vulnerabilidade e informações
financeiras de cada pessoa inscrita na base.
Sendo assim, com o novo “pente-fino” no CadÚnico, será
possível identificar quais famílias que atualmente não tem mais direito, mas
ainda recebem o Auxílio Brasil, poderão ser excluídas para a inclusão daqueles
que fazem jus ao programa e aguardam pela aprovação.