Motorista não se feriu. Mecânico conta que raio atingiu
antena e causou curto-circuito na parte elétrica do carro.
— Max (@maxribeiro_29) January 24, 2023
Uma caminhonete ficou “derretida” por dentro após ser
atingida por um raio na BR-020, entre as cidades de Posse e Simolândia, no
nordeste de Goiás. Imagens impressionantes mostram o interior do carro
destruído depois de um curto-circuito provocado pela descarga elétrica. O
motorista não se feriu.
O caso aconteceu na tarde de sexta-feira (20). O mecânico que
foi chamado para socorrer o motorista contou que o raio atingiu a antena da
caminhonete, com isso, acabou passando para toda a parte elétrica do veículo.
“É um caso raro, porém todos os carros que têm antena externa
correm esse risco. O raio atingiu a antena e passou para o sistema elétrico do
carro, criou um curto-circuito, incendiou e derreteu o painel”, explicou o
mecânico Josimar, também conhecido em Posse como “Nego Bill”.
As imagens ainda mostram que o para-brisa do carro quebrou
com a força da descarga elétrica. O mecânico ainda contou que o motorista, que
não quis se identificar, saiu do carro de imediato e não teve nenhum ferimento.
“Ele pensou rápido e saiu rapidamente do carro, fechando as
portas para que o fogo não se espalhasse”, explicou o mecânico.
Painel de caminhonete derretido após ser atingida por raio, em Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Josimar- 'Nego Bill' |
Raios
O gerente do Centro de Informações Meteorológicas e
Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), André Amorim, explica que os raios
são descargas elétricas de grande intensidade que ocorrem na atmosfera, entre
regiões eletricamente carregadas, e pode dar-se tanto no interior de uma nuvem,
entre nuvens ou entre uma nuvem e o solo.
"O raio atingiu o carro e não antena do som, até porque
o raio tem uma trajetória sinuosa, ele passa pelo carro e se dissipa no chão,
mas, ao passar pelo carro, ele pode sim danificar partes eletrônicas",
explica André.
Ainda de acordo com o gerente do Cimehgo, o que salvou a vida
do motorista foi um fenômeno chamado "Princípio da Gaiola Faraday",
"onde não são os pneus que fazem o isolamento, mas a estrutura do veículo
que protege o passageiro, que não recebe o choque", finaliza.