Novo programa estadual tem como foco a população em situação
de vulnerabilidade que vive nas ruas. Entenda.
Pessoas em situação de rua que moram em São Paulo terão uma
nova oportunidade de viver com mais dignidade. A prefeitura da capital paulista
anunciou a construção de 2 mil microcasas e o pagamento de um auxílio de até R$
1.200 para quem abrigar cidadãos vulneráveis.
As unidades modulares têm 18m² e são feitas com estruturas
metálicas parecidas com contêineres. Elas contam com banheiro, pia e todos os
móveis básicos de um lar, como cama, geladeira, fogão e guarda-roupas.
A medida faz parte do programa Reencontro, criado para
atender a população sem-teto, que saltou de 31% no município entre 2019 e 2021.
Hoje, quase 31 mil pessoas estão morando nas ruas de São Paulo.
Housing First
O projeto tem como inspiração o conceito Housing
First, criado nos Estados Unidos, que entende que a moradia é o ponto de
partida para garantia de outros direitos básicos da população, como saúde,
educação e trabalho. Nesse sentido, os moradores poderão permanecer nas
microcasas por até dois anos enquanto reorganizam suas vidas para deixar as
ruas.
Famílias de até quatro integrantes, com crianças e que
estavam na rua há menos de dois anos são a prioridade do programa.
O primeiro conjunto já foi inaugurado e fica no Canindé, zona
norte de SP. Batizada de Vila Reencontro, ela conta com 40 casas para 160
pessoas e todas elas já estão ocupadas.
Auxílio financeiro
Outro braço do programa é o auxílio para cidadãos que
aceitarem abrigar sem-teto por até dois anos. A prefeitura planeja pagar R$ 600
por acolhido ou R$ 1,2 mil por família, seja casal ou pessoa com um ou mais
filhos.
O plano é que proprietários de pensões com vagas ociosas,
donos de imóveis vazios e até pessoas que tenham um cômodo vago em sua casa
possam colher alguém. O programa Reencontro está em fase de regulamentação e
mais informações devem ser divulgadas em breve.