Elisângela Tinem, de 38 anos, morreu na virada do ano em
Praia Grande, onde passava o Ano Novo com a família.
Elisângela Tinem morreu após ser atingida por rojão na Praia Grande — Foto: Reprodução/Facebook |
A Polícia Civil investiga a morte da turista Elisangela
Tinem, de 38 anos, vítima de uma explosão por conta de um rojão que ficou preso
ao corpo dela durante o Réveillon em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ao
g1, a corporação afirmou, nesta terça-feira (3), que agentes trabalham para
identificar o responsável pelo artefato. A reportagem apurou também que, além
de atingir o peito da vítima, os fogos de artifícios causaram lesões em outras
partes do corpo, inclusive em órgãos internos.
De acordo com a Polícia Militar (PM), a turista, que morava
em São Paulo e passava a virada de ano ao lado de família, foi atingida na
altura do peito por um dos objetos A PM esclareceu que, além do namorado dela,
algumas pessoas tentaram ajuda a remover o objeto, porém, o rojão ficou grudado
ao corpo da vítima, e explodiu. (veja vídeo abaixo)
Vídeo: rojão explode e mata turista no Réveillon; veja o momento do acidente pic.twitter.com/IlWi1UtCZR
— BNews (@bnews_oficial) January 2, 2023
A corporação afirmou também que a explosão lesionou parte do
abdômen e parte do braço de Elisangela. Além disso, segundo a equipe que fez o
primeiro atendimento após a explosão, o artefato atingiu vários órgãos
internos, causando a morte da vítima no local antes mesmo da chegada das
equipes médicas.
Ainda segundo a PM, por conta da grande quantidade de pessoas
na faixa de areia, não foi possível identificar o responsável pela utilização
dos fogos de artifícios que atingiram a vítima. Porém, o caso foi encaminhado
para ser investigado pela Polícia Civil. Câmeras de monitoramento e turistas
que fizeram vídeos da situação podem ajudar na identificação do suspeito.
Polícia investiga morte de turista vítima de rojão que explodiu no peito na vítima em Praia Grande — Foto: Arquivo pessoal
Segundo Tamiris Tinem, irmã de Elisângela que conversou com
o g1 nesta terça-feira, a família prestou esclarecimentos e
autorizou o início das investigações, porém, até o momento, não recebeu novos
contato da Polícia Civil com notícias sobre o caso ou sobre o paradeiro do
suspeito de ter a atingindo com o explosivo.
Ao g1, a secretaria estadual de Segurança Pública
(SSP), afirmou que o caso foi registrado como homicídio e lesão corporal
culposa na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande e é investigado
pelo 1º Distrito Policial (DP) da cidade. “A autoridade policial trabalha para
identificar o autor e esclarecer os fatos”, ressaltou em nota.
Velório
O corpo de Elisangela Tinem foi encaminhado para a capital
paulista, onde ela morava. O velório foi realizado na última segunda-feira (2)
no cemitério da Nova Cachoeirinha, na Zona Norte de São Paulo.
Polícia investiga morte de turista vítima de rojão que explodiu no peito na vítima em Praia Grande — Foto: Reprodução
Relembre o caso
O acidente aconteceu na faixa de areia da praia localizada no
bairro Nova Mirim. Policiais militares foram acionados e, ao chegarem no local,
um primo da vítima, que não teve a identidade divulgada, relatou que durante a
queima de fogos um rojão atingiu a mulher e se prendeu no corpo dela. Antes que
os familiares conseguissem retirá-lo, ele explodiu. O fogo de artifício não era
da família.
Além da PM, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)
também atendeu o caso. De acordo com a Prefeitura de Praia Grande, o serviço
foi acionado para socorrer uma vítima de queimadura e explosão ocasionada por
fogos de artifícios. Os profissionais identificaram que a mulher foi atingida
pelo artefato na região do tórax, e o óbito foi constatado.
Turista de 38 morreu em Praia Grande após ser atingida por fogos de artifício que ficou preso na sua roupa e explodiu próximo ao tórax — Foto: Reprodução/Boca no Trombone PG
A reportagem conversou com Luiza Ferreira, de 20 anos, que
estava no local. Ela disse que viu a agonia dos familiares da vítima e de
algumas pessoas que estavam próximas à ela. Segundo Luiza, ela percebeu um
‘clarão’ e, em seguida, ouviu os gritos de socorro.
“Quando deu meia-noite em ponto eu abracei a minha mãe e vi
um clarão muito forte. Logo em seguida, todo mundo começou a gritar. Quando eu
fui olhar, vi uma mulher caída no chão toda sangrando, e o rapaz que estava com
ela caído também. Nisso ele levantou, mas quando ele percebeu como ela estava,
ele se ajoelhou já ‘sem chão’. Foi uma correria, descreveu.
Em nota, a Prefeitura de Praia Grande ressaltou que, de
acordo com Lei Municipal N° 744, de outubro de 1991, é proibido a venda e
comercialização de fogos de artifício na cidade.