Dupla matou sete pessoas – entre
elas, uma adolescente de 12 anos – na tarde desta terça-feira (21), depois de
perder uma partida de sinuca. Atiradores estão foragidos.
Alcimar era amigo vítimas e frequentava o bar onde aconteceu a chacina. — Foto: Reprodução/TV Centro América
O motorista por aplicativo Alcimar
José da Silva Camargo afirma que nunca mais frequentá um bar, após escapar da
chacina registrada em Sinop, a cerca de 500 km de Cuiabá, nesta terça-feira
(21), depois que os atiradores perderam partidas de sinuca no estabelecimento.
A polícia identificou os atiradores
como Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27
anos. Eles estão foragidos. A Polícia Civil solicitou a prisão temporária da
dupla e as forças de segurança estaduais, com apoio do Batalhão de Operações
Especiais (Bope), trabalham nas buscas pelos suspeitos.
Alcimar contou à TV Centro
América que estava no local momentos antes da tragédia que matou
sete pessoas – entre elas, uma adolescente de 12 anos, identificada como
Larissa Frasao de Almeida.
“Nunca mais eu piso em um bar. Se
me disserem que tem um bar com mesa de sinuca, baralho, eu estou fora”, disse.
"Nasci de novo”.
De acordo com ele, todas as vítimas
eram conhecidas e frequentavam o estabelecimento. Ele era amigo de infância de
Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos, dono do bar e um dos primeiros a
serem mortos pelos atiradores.
“Estou até agora sem acreditar.
Para mim é uma mentira. Não dormi à noite e estou sem chão”, lamentou.
Vítimas
A Perícia Oficial e Identenficação
Técnica (Politec) identificou as vítimas como:
- Larissa Frasao de Almeida – 12 anos (filha de
Getúlio, que também foi morto, e de Raquel Gomes de Almeida, que sobreveu
à chacina)
- Getúlio Rodrigues Frasão Júnior – 36 anos (pai de
Larissa e marido de Raquel Gomes de Almeida, que sobreveu à chacina)
- Orisberto Pereira Sousa – 38 anos
- Adriano Balbinote – 46 anos
- Josué Ramos Tenório – 48 anos
- Maciel Bruno de Andrade Costa – 35 anos
- Elizeu Santos da Silva – 47 anos (ele chegou a
ser socorrido com vida, mas morreu no hospital)
Getúlio e Larissa eram naturais do
Maranhão e os corpos devem ser levados para o município de Governador Nunes
Freira, a 224 km de São Luís, na manhã desta quinta-feira (22). O pai morava em
Mato Grosso há cerca de três anos e trabalhava como pedreiro. A filha havia se
mudado recentemente para Sinop para estudar, segundo a família.
Duas pessoas sobreviveram: Raquel
Gomes de Almeida, mãe de Raquel e esposa de Getúlio, e Luiz Carlos Souza
Barbosa, sobrinho de Getúlio.