Quem trabalha com carteira assinada também pode ter direito a
receber o Bolsa Família. O critério para ingresso no programa do governo
federal é baseado na renda familiar.
A nova versão do Bolsa Família, lançada no dia 1º de março, tem um novo valor
de renda para entrada. O programa passou a incluir famílias com renda de
até R$ 218 por pessoa —aumento em relação à faixa de pobreza, que era de até R$
210 por pessoa.
Se a renda mensal por pessoa da família estiver neste
critério, a família pode entrar no programa.
Como ingressar no Bolsa Família
Para ingressar no programa, é preciso fazer a inscrição
no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais do governo
federal. A
inscrição é feita em um posto de cadastramento ou atendimento da assistência
social no município.
O pagamento começa a ser feito no dia 20 de março. Serão concedidos, no mínimo, R$ 600
por família, além de um valor extra para jovens de até 18 anos.
Adicional por criança adolescente e gestante
- R$
150 por criança de 0 a 6 anos
- R$
50 por integrante da família entre 7 e 18 anos
- R$
50 por gestante na família
Quais as condições para permanecer no programa?
As famílias devem cumprir alguns compromissos nas áreas de
saúde e de educação, que são chamados de condicionalidades. São elas:
- Exigência
de frequência escolar para crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos
- Acompanhamento
pré-natal para gestantes
- Acompanhamento
nutricional (peso e altura) das crianças até 6 anos
- Manutenção
do caderno de vacinação atualizado
Regra de proteção
A partir de junho, se a renda da família subir para além do
limite de entrada do programa e até o limite de meio salário-mínimo, o
benefício não será imediatamente cortado. A família pode permanecer por até dois anos no programa,
recebendo 50% do valor do benefício.
O objetivo é estimular o emprego e a carteira assinada.
Atualização do CadÚnico
O CadÚnico está sendo reformulado pelo Ministério do
Desenvolvimento Social, e o governo está checando a situação dos beneficiários
do programa e possíveis irregularidades. A primeira etapa do pente-fino no
cadastro terminou em fevereiro, com foco nas famílias com crianças de zero a
seis anos.
Agora o governo analisa os beneficiários cadastrados como
família unipessoal, ou seja, que moram sozinhos. Mais de 1,5 milhão de famílias
serão excluídas do Bolsa Família já em março, segundo o governo.
Cronograma de revisão cadastral
Os beneficiários do Bolsa Família que estiverem com cadastro
desatualizado há mais de dois anos devem revisar os dados de registro para
evitar o bloqueio do benefício. Após a convocação, os beneficiários terão dois meses para
prestar as informações. Confira os prazos para atualização das informações:
- A
partir de fevereiro de 2023, se o ano de última atualização for 2016 ou
2017
- A
partir de dezembro de 2023, se o ano de última atualização for 2018, 2019
ou 2020
- Em
2024, se o ano de última atualização for 2021
Em março, serão atendidas 20,9 milhões de famílias. Vejao calendário de 2023. O governo pode gastar até R$ 175 bilhões com o Bolsa
Família neste ano, valor definido no fim de 2022.