Eduardo Paiva Batista, de 39 anos, morreu após levar uma
facada na região do pescoço durante uma discussão com vizinhos no prédio onde
morava, em São Paulo.
Homem é morto a facadas na frente da esposa após discussão em São Paulo — Foto: Reprodução
A esposa de Eduardo Paiva Batista, o homem que morreu
após levar uma facada da vizinha na frente dela e da filha de apenas três
meses, guarda na memória os últimos
minutos de vida do marido. Samantha de Carvalho Firmino contou, neste domingo
(26), que chegou a usar um lençol para tentar estancar o ferimento na
região do pescoço dele. "Eu no telefone pedindo socorro e ele, agonizando,
falou: 'Eu vou morrer'", lembrou.
O fato aconteceu no apartamento onde a família morava, no
bairro Liberdade, em São Paulo. A vítima, de 39 anos, é natural de São
Vicente, no litoral paulista, e foi enterrada na cidade. Segundo Boletim de
Ocorrência, a nova vizinha do casal, uma mulher de 24 anos, teria sido a
responsável pelo homicídio após uma discussão com o casal. Ninguém foi preso. O
caso é investigado pela Polícia Civil.
Segundo Samantha, a esposa de Eduardo, a 'facada fatal'
acertou o marido entre o pescoço e o peito. Após ser atingido, ele entrou
sangrando para o próprio apartamento. "Fechei a porta porque pensei que
quem dá uma facada, dá duas ou três. Minha filha acordou e começou a chorar
assustada, meio que tremendo".
Para tentar amenizar a situação, a mulher acionou a Polícia
Militar enquanto segurava a bebê no colo e tampava o ferimento do marido com um
lençol. "Ele caiu de bruços perto da copa que tinha no apartamento e ali
ficou [...] Eu no telefone pedindo socorro e ele, agonizando, falou: 'Eu
vou morrer'".
A suspeita pelo homicídio e o irmão dela fugiram logo na
sequência. Eduardo, por sua vez, chegou a ser socorrido ao hospital, mas
não resistiu aos ferimentos. A PM identificou a mulher que teria atacado a
vítima e realiza buscas para encontrar ela e o comparsa, ainda não
identificado. Até a última atualização desta matéria, ninguém havia sido
preso.
Discussão entre vizinhos
Samantha diz que, por volta das 1h30 da última terça-feira
(21), uma mulher começou a gritar por ajuda para entrar no prédio, que não tem
serviço de portaria. O casal respondeu a mulher, que se identificou como uma
nova moradora do edifício, e abriu o portão para ela. "Ele [Eduardo]
desceu, abriu o portão, ela agradeceu e subiu para o apartamento."
Mais tarde, por volta das 5h, um homem e uma outra mulher
bateram na porta do apartamento do casal. A dupla reclamava que o casal teria
"tirado" com a irmã deles, a nova moradora do prédio. O termo é
utilizado para dizer quando uma pessoa trata outra de forma desrespeitosa.
"Ninguém 'tirou' ninguém, a gente ajudou ela. Ela pediu
para abrir o portão porque estava com medo de ser assaltada na rua e estava sem
chave." Mesmo após explicarem o que aconteceu, Samantha disse que a dupla
seguia com o mesmo pensamento.
"Aí eu me exaltei e falei: 'Gente, vocês deveriam
agradecer. A gente ajudou a irmã de vocês.' Nisso, em questão de três minutos
de conversa, a menina já tirou uma faca e acertou ele [Eduardo] com uma facada
fatal".
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