Retorno do programa, que virou Auxílio Brasil no governo Bolsonaro, foi promessa de campanha de Lula. Presidente afirmou que pagamento é só para pessoas em condições de pobreza.
Simulação de benefícios do Bolsa Família de R$ 1 mil |
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta
quinta-feira (2) a medida provisória que institui o novo Bolsa Família durante
cerimônia no Palácio do Planalto e pediu fiscalização contra fraudes no
Cadastro Único.
Segundo o governo, os valores do programa são:
- pelo
menos R$ 600 por família;
- R$
150 adicionais
para cada criança de até 6 anos;
- R$
50 adicionais
para crianças com mais de 7 anos e jovens com menos de 18;
- R$
50 adicionais
para gestantes.
A MP do novo Bolsa Família entrará em vigor ao ser publicada
no Diário Oficial da União, porém, terá de ser aprovada em até 120 dias pelo
Congresso Nacional. Caso não seja aprovada, o programa instituído pela MP deixa
de existir.
Durante a cerimônia, Lula comentou os dados da economia
e disse que é preciso fazer mais investimentos para gerar crescimento.
O presidente também pediu que a sociedade ajude na
fiscalização do Cadastro Único.
"Se tiver alguém que não mereça, esse alguém não vai
receber. O programa é só para as pessoas que estão em condições de pobreza,
declarou Lula.
O programa
O programa social atende famílias com renda per capita
classificada como situação de pobreza ou de extrema pobreza.
A nova legislação permite acesso ao Bolsa Família a famílias
com renda de até R$ 218 por pessoa.
Com o novo Bolsa Família, o governo pretende
proporcionar pelo menos R$ 142 por pessoa em cada casa. Os pagamentos
devem começar a partir de 20 de março.
O impacto do novo programa em 2023 será de menos de R$ 175
bilhões no Orçamento da União.
Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington
Dias, 700 mil famílias que estavam de fora do programa vão passar a ser
contempladas. Elas entrarão no lugar de beneficiários que não se enquadravam
nas regras do programa.
O ministro afirmou que o programa tem regra para incentivar
que as famílias consigam emprego formal e aumente a sua renda.
O governo informou que, se a renda familiar subir até meio
salário mínimo por pessoa, a família não sairá de imediato do programa.
No caso de famílias que aumentam de renda, mas perdem depois,
haverá prioridade no retorno ao Bolsa Família.
Regras
💲 Quem tem direito ao Bolsa Família? Para receber o
benefício, o governo determina algumas regras.
- A
família precisa ter renda per capita (por pessoa) que seja classificada na
condição de pobreza ou de extrema pobreza. A nova legislação prevê renda
de até R$ 282 por pessoa.
- Também
tem que estar com dados atualizados no Cadastro Único, base do
governo com as pessoas em situação de vulnerabilidade.
📚 Condicionantes: O governo afirmou que os beneficiários
vão ter que arcar com contrapartidas, como:
- manter
crianças de 4 a 5 anos com frequência escolar mínima de
60%;
- manter
75% de frequência escolar mínima para jovens de 6 a 18
anos de idade e para quem não concluiu a educação básica;
- fazer
o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes);
- manter
as carteiras de vacinação atualizadas da família inteira.
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